terça-feira, 27 de julho de 2010

Israel estuda proibir batismos no rio Jordão devido à poluição


26/07/2010
ANA CÁRDENAS
DA EFE, EM JERUSALÉM

Por causa dos altos índices de poluição no caudaloso rio Jordão, quatro vezes acima do permitido, os batismos no local podem ser proibidos até a redução desses níveis.

O Ministério da Saúde israelense ordenou análises para determinar os níveis de bactérias presentes no Jordão e, enquanto se esperam pelos resultados, dará instruções para que se advirta os banhistas de que as águas estão contaminadas e que se proíba banhos no local, conforme a imprensa israelense.

Nesse rio fica o local conhecido como Qaser al-Yahud, perto da cidade cisjordaniana de Jericó, onde, como ensina a tradição cristã, São João batizou Jesus.

Milhares de fiéis vão a cada ano a esse ponto do rio para mergulhar em suas águas e reviver esse ato de fé.

A fim de potencializar o turismo religioso, o Ministério do Turismo investiu nos últimos meses US$ 2 milhões para dar melhores condições à margem ocidental da bíblica nesse ponto.

ESTUDO

Mas o projeto poderá parar se o Ministério da Saúde determinar que, como mostra estudo da ONG Amigos da Terra, uma das mais importantes de ambientalistas da região, entrar no rio representa um perigo à saúde. Deste modo, deve ordenar ao Ministério do Turismo que proíba os batismos na zona dos fiéis cristãos.

"Pedimos ao Ministério da Saúde simplesmente que aplique a lei" declarou recentemente Gidon Bromberg, diretor em Israel da ONG, que acrescentou de forma taxativa que "banhos nessa área do Jordão são insalubres".

Os estrangeiros que chegam à região seguindo rotas religiosas são uma das fontes turísticas mais importantes para Israel, que tenta desenvolver esse potencial.

Conforme cálculos do Ministério do Turismo, 100.000 pessoas visitam por ano Qaser Al-Yahud. Esse órgão está tentando encontrar uma solução com o Ministério da Saúde para permitir que as pessoas sigam fazendo as cerimônias batismais sem correr riscos.

Mas a solução não é singela, porque o Jordão está altamente contaminado e limpar suas águas não é tarefa fácil.

POLUIÇÃO ATIVA

"Enquanto Israel, Jordânia e a Autoridade Nacional Palestina não pararem de despejar poluição no rio e não proporcionarem fluxos de água limpa, banhar-se ali será perigoso", sentencia Bromberg.

Pelos dados divulgados pela pesquisa dos Amigos da Terra, a água do Jordão registra na zona de Qaser al-Yehud um nível de bactérias fecal-coliformes de 750, quando o limite permitido tanto em Israel quanto na União Europeia para locais de banho é de 200.

"Não nos opomos à abertura ao local para o turismo, nem que se façam batismos, mas não pode ser feito com a água nessas condições", explica Bromberg.

Segundo ele, se durante a cerimônia se tragar acidentalmente algo de água, o batizado "pode sofrer no melhor dos casos vômitos, infecção estomacal e gastroenterite e, no pior, pode contrair doenças graves como a pólio".

Também adverte que banhar-se na água poluída pode provocar infecções de pele, otites, e reações alérgicas e infecções a partir de pequenos cortes na pele.

TRADIÇÃO

O método habitual adotado pelos peregrinos cristãos para reviver o batismo de Jesus Cristo é mergulhar totalmente na água do Jordão, uma experiência que costumam fazer emocionados, acompanhados de párocos e cobertos simplesmente com uma túnica branca que leva impressa a imagem do rosto de Jesus.

A Amigos da Terra denunciou em maio que o Jordão, que nasce no mar da Galiléia e desemboca no mar Morto, serpenteando ao longo de 217 quilômetros, perdeu nos últimos anos 98% de seu caudal e poderia secar no próximo ano se os países contíguos não tomarem medidas.

Este rio, que tem um importante significado espiritual para as três principais religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, também perdeu metade de sua biodiversidade.

De suas margens desapareceram lontras e corujas que não puderam suportar a salinidade e a ausência de água limpa, e muitas das árvores que ficavam na margem do curso d'água foram substituídas por juncos, mais resistentes à deterioração do ecossistema.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/772649-israel-estuda-proibir-batismos-no-rio-jordao-devido-a-poluicao.shtml

sábado, 24 de julho de 2010

Brasil é terceiro pior do mundo em desigualdade

ONU afirma que País tem baixa mobilidade socioeconômica e só perde para Bolívia e Haiti em diferença entre ricos e pobres

Leandro Colon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O Brasil tem o terceiro pior índice de desigualdade no mundo e, apesar do aumento dos gastos sociais nos últimos dez anos, apresenta uma baixa mobilidade social e educacional entre gerações. Os dados estão no primeiro relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre América Latina e Caribe.

Segundo o estudo, a região é a mais desigual do mundo. "A desigualdade de rendimentos, educação, saúde e outros indicadores persiste de uma geração à outra, e se apresenta num contexto de baixa mobilidade socioeconômica", diz o estudo do órgão da ONU concluído neste mês.

Entre os 15 países com maior diferença de renda entre ricos e pobres, 10 estão na América Latina e Caribe. Na região, o Brasil empata com Equador e só perde para Bolívia e Haiti em relação à pior distribuição de renda. Quando outros continentes são incluídos, a Bolívia ganha a companhia de Madagáscar e Camarões no primeiro lugar, e o Haiti tem ao seu lado, na segunda posição, Tailândia e África do Sul. Para o PNUD, esses países apresentam índices "muito altos".

O relatório do órgão da ONU destaca que a maior dificuldade na América Latina é impedir que desigualdade social persista no decorrer de novas gerações.

Pobreza. "A desigualdade reproduz desigualdade, tanto por razões econômicas como de economia política", afirma trecho do documento. E os números não são nada bons para o Brasil. Cerca de 58% da população brasileira mantém o mesmo status social de pobreza entre duas gerações, enquanto no Canadá e nos países nórdicos, por exemplo, esse índice é de 19%.

"Estudos realizados em países com altos níveis de renda mostram que a mobilidade educacional e o acesso a educação superior foram os elementos mais importantes para determinar a mobilidade socioeconômica entre gerações", diz a ONU.

Pai e filho. Segundo o estudo da ONU, é baixo também o crescimento do nível de escolaridade entre pai e filho. E esse resultado é influenciado pelo patamar educacional da geração anterior.

No Brasil, essa influência chega a ser de 55%, enquanto nos EUA esse porcentual é de 21%. O Brasil, nesse quesito, perde para países como Paraguai, Panamá, Uruguai e Jamaica. O estudo do PNUD destaca que acesso a bens e serviços públicos podem ajudar a aumentar essa mobilidade educacional.

A evolução do gasto público social é destacada pelo órgão da ONU.

Gasto social. Segundo o estudo, esse tipo de despesa gira em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na região. Entre 2001 e 2007, o gasto por habitante aumentou 30%, de acordo com o relatório, sendo que a maior parte disso concentrou-se em segurança e assistência social.

"É possível afirmar que os países da América Latina e Caribe realizaram um importante esforço para melhorar a incidência do gasto social", diz a conclusão do estudo.

O PNUD ressalta o crescimento econômico de alguns países nos dez últimos anos, entre eles o Brasil, mas faz um alerta: "Ainda que sejam evidentes os avanços no desenvolvimento humano e na diminuição da pobreza em diversos países da região, os valores agregados escondem importantes desigualdade".

Os dados apontam ainda que as mulheres e as populações indígenas e afrodescendente são os mais prejudicados pela desigualdade social na América Latina e Caribe.

No Brasil, por exemplo, apenas 5,1% dos descendentes de europeus vivem com menos de 1 dólar por dia. O porcentual sobe para 10,6% em relação a índios e afros. Mais uma vez, o PNUD lembra que os acessos a infraestrutura, saúde e educação poderiam alterar esse cenário.

Propostas. O estudo da ONU defende que é possível romper o círculo vicioso da desigualdade. Para isso, são necessárias políticas que combatam a pobreza de forma estratégica "A desigualdade é um obstáculo para o avanço no desenvolvimento humano, e sua redução deve incorporar-se explicitamente na agenda pública", diz o documento.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100724/not_imp585384,0.php

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cepal prevê crescimento de 7,6% no Brasil e 5,2% na América Latina

Marcia Carmo
de Buenos Aires para a BBC Brasil



A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) prevê que a economia do Brasil deve crescer 7,6% neste ano e influenciar a expansão da economia da região, que deve ter um crescimento de 5,2% em 2010.

Os dados foram divulgados pelo órgão da ONU nesta quarta-feira, em Santiago, no Chile. De acordo com a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, o crescimento regional "será mais alto do que o previsto" - em especial, na América do Sul.

"As maiores taxas de crescimento em 2010 observam-se na América do Sul, encabeçadas pela economia de maior tamanho, o Brasil, que crescerá 7,6%, seguido por Uruguai (7%), Paraguai (7,0%), Argentina (6,8%) e Peru (6,7%)", afirmou.

Oficialmente, o Ministério da Fazenda estima uma expansão de 6,5% para a economia brasileira, mas o próprio ministro Guido Mantega já chegou a falar em um crescimento de 7%.

Na última segunda-feira, o boletim Focus - divulgado semanalmente pelo Banco Central com base em consultas ao mercado - registrou a previsão de um crescimento de 7,2% do PIB do Brasil em 2010.

Resultados

Alicia Bárcena observou que os países da América Latina apresentam neste ano resultados diferentes em suas economias.

Segundo ela, os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) registram resultados melhores pela "maior capacidade de adotar políticas públicas". Segundo a Cepal, os quatro membros do bloco devem crescer acima dos 6%.

Bárcena ressaltou ainda que a expansão está ligada também aos países que, como o Brasil, têm forte mercado interno e alta participação nas exportações para a Ásia.

Outros países da região terão taxas de crescimento mais modestos, como Bolívia (4,5%), Chile (4,3%) e México (4,1%). Os menores patamares foram previstos para Colômbia (3,7%), Equador e Honduras (2,5%), Nicarágua e Guatemala (2%).

Os dois países com previsão de crescimento negativo são Venezuela (-3%) e Haiti (-8,5%).

A Cepal afirma que a situação econômica do Haiti foi afetada pelo terremoto que arrasou o país em janeiro passado. No caso do Chile, atingido por um terremoto em fevereiro, a previsão de crescimento também foi reduzida, mas em menor escala.

De acordo com o organismo, o maior nível de atividade econômica regional teve uma repercussão positiva sobre o emprego. Isso permitirá uma redução do desemprego na região, que deve ficar em aproximadamente 7,8% em 2010 - uma redução em comparação à taxa observada em 2009 (8,2%).

Para 2011, a Cepal prevê um crescimento menor na região, de 3,8%, devido a "incertezas que persistem na economia internacional, sobretudo na Europa".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/07/100721_cepal_mc_rc.shtml

domingo, 18 de julho de 2010

Brasileiro é campeão mundial de banho, mas não lava as mãos

16 de julho de 2010 - G1
Ricardo Prado - Redação (Jornal A Tribuna - Santos-SP)

O brasileiro quebrou um recorde mundial. Não foi em nenhuma modalidade esportiva, nem na economia. Uma pesquisa foi atrás do comportamento, da rotina dos brasileiros.

Parece, mas não é brincadeira. É sério. Fizeram uma pesquisa em dez países, quatro da Europa. O Brasil ficou mesmo em primeiríssimo lugar. Ninguém toma tanto banho quanto nós. São 20 por semana, quase três por dia. Mas, lavamos muito pouco as mãos. Um hábito que pode prevenir várias doenças.


A publicitária Ana Carolina Soares toma pelo menos dois banhos por dia. É um hábito que começou na infância. “Eu preciso de um banho para acordar e me sinto melhor antes de dormir tomando um banho também”, justifica a publicitária Ana Carolina Soares.

Brasileiro gosta de banho. Somos recordistas mundiais. Ficamos em primeiro lugar em uma pesquisa feita em dez países. No Brasil, tomamos em média quase três banhos por dia. Na Índia, são três por semana.

“Eu acho que o clima influencia um pouco. Vivemos em um país tropical”, lembra um brasileiro.

O brasileiro adora tomar banho, mas não tem tanto cuidado com a higiene das mãos. É o que diz a mesma pesquisa. Nesse hábito, o Brasil caiu para quinto lugar. Ao todo, 1.057 brasileiros foram entrevistados. Só 16% disseram que lavam as mãos antes de alimentar as crianças, menos da metade (49%) quando usa o banheiro, 46% antes de preparar a comida e 21% depois de tocar em animais.

Em um shopping nem é preciso ir ao banheiro. A pia fica na praça de alimentação, mas poucos param.

“É falta de cuidado, falta de informação também. Se o pessoal soubesse como o dinheiro mesmo transmite bactérias e outras doenças, teria mais cuidado”, opina o técnico em eletrônica Mario Ricardo.

Lavar as mãos sempre com água e sabão ou usar álcool gel é mais importante do que tomar tantos banhos. A mão entra em contato com tudo. É o que diz o infectologista Julival Ribeiro: “Eu posso me contaminar com um vírus ou uma bactéria e a depender do meu estado imune desenvolver até uma infecção”.

É uma questão de mudança de hábitos: “Tem que ensinar às crianças desde pequenas a ter certos hábitos: ir ao banheiro, lavar as mãos, chegar em casa, lavar as mãos, vai almoçar. Lavar as mãos, eu faço isso com as crianças, com os meus netos, fiz com os meus filhos”, diz a professora Ligia Zardo.

Outro dado preocupante: 30% dos brasileiros sabem que os germes existem. Mas não se preocupam com os riscos.

Ranking
Média por semana
19,8 Brasil
8,4 Rússia
7,9 Japão
7,7 França
7,4 EUA
6,1 Itália
6,1 Alemanha
5,6 Reino Unido
4,9 China
3 Índia

Fonte: Reckitt Benckiser

http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=45583&idDepartamento=8&idCategoria=0

terça-feira, 13 de julho de 2010

Brasil deve eliminar miséria até 2016, diz Ipea

13 de julho de 2010

De acordo com estudo divulgado pelo instituto, pobreza será reduzida a 4% da população

Alexandre Rodrigues, da Agência Estado

RIO - O Brasil eliminará a miséria e reduzirá a pobreza a apenas 4% da população até 2016. É o que projeta estudo divulgado nesta terça-feira, 13, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O trabalho mostra que, entre 1995 e 2008, 12,8 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza absoluta (caracterizada por renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo). Já no caso da pobreza extrema (renda per capita de até um quarto do salário mínimo), o contingente que deixou essa condição no mesmo período foi de 12,1 milhões de pessoas.


Os números representaram uma queda de 33,6% na taxa de pobreza absoluta, que ficou em 28,8% da população em 2008. Já a proporção de miseráveis, estimada em 10,5% da população em 2008, reduziu quase 50% em relação a 1995. A velocidade dessa queda da pobreza desde a estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real e a aceleração desse ritmo identificada pelo Ipea no governo Lula (2003-2008) permitiram aos autores do trabalho projetar a redução a zero da pobreza extrema no País em quatro anos, além de uma queda vertiginosa da chamada pobreza absoluta

O trabalho "Dimensão, evolução e projeção da pobreza por região e por estado no Brasil" foi publicado no número 58 da publicação Comunicados do Ipea.

Distribuição

Embora os índices de pobreza no Brasil tenham experimentado queda mais acelerada nos últimos anos, a melhoria das condições econômicas da população desde o Plano Real não teve uma distribuição uniforme entre as regiões do País.

Enquanto a taxa de pobreza absoluta caiu 33,6% entre 1995 e 2008 em todo o País, a redução foi de apenas 12,7% na região Centro-Oeste. Já a queda da taxa de pobreza extrema, cuja média nacional reduziu 49,8% no período, foi reduzida em apenas 22,8% na Região Norte. Já a Região Sul teve resultados bem acima da média nacional nos dois casos: queda de 47,1% da pobreza absoluta e 59,6% da extrema.

Segundo o Ipea, os dados mostram que a redução da pobreza não tem uma relação direta apenas com o crescimento econômico. A região Centro-Oeste, que teve a menor queda na proporção de brasileiros com renda per capita abaixo de meio salário mínimo (pobreza absoluta), registrou no período estudado a melhor média do País de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante: média de crescimento anual de 5,3%.

Por outro lado, o Sul reduziu a pobreza em maior proporção, mesmo tendo registrado o menor ritmo de crescimento do PIB por habitante entre as regiões: 2,3% anuais. "O crescimento econômico, ainda que indispensável, não se mostra suficiente para elevar o padrão de vida de todos os brasileiros. A experiência recente do País permite observar que as regiões com maior expansão econômica não foram necessariamente as que mais reduziram a pobreza e a desigualdade", diz o estudo do Ipea, que sugere a combinação entre crescimento e políticas públicas voltadas para o combate à pobreza.

De acordo com as projeções do Ipea com base no ritmo da redução da pobreza no governo Lula (2003-2008), o Paraná poderá se tornar o primeiro estado brasileiro a erradicar a pobreza absoluta já em 2013. A mesma condição já poderia ser alcançada no ano seguinte por São Paulo. Em 2015, a pobreza estaria eliminada no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.

Já entre os Estados em que o desafio é maior para que a média nacional da taxa de pobreza absoluta fique em 4% da população em 2016, como projeta o estudo, estão Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Paraíba e Piauí. Nestes estados, a taxa de pobreza absoluta ainda estava acima de 50% da população em 2008.

Já a condição de pobreza extrema, que caracteriza a miséria de famílias com rendimento per capita abaixo de um quarto de salário mínimo, será eliminada em todo o País até 2016, segundo o Ipea. No entanto, o estudo prevê que os Estados de Santa Catarina e Paraná superarão essa condição já em 2012. No ano seguinte, atingiriam o mesmo objetivo Goiás, Espírito Santo e Minas Gerais. Em 2014, a miséria seria eliminada em Estados como São Paulo e Mato Grosso.

"Mas para que essa projeção se torne realidade, os Estados terão de apresentar ritmos diferenciados de redução da miséria, uma vez que registram enorme assimetrias taxas atuais de pobrezas extremas, como se pode observar entre Alagoas (32,3%) e Santa Catarina (2,8%)", diz um trecho do estudo.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+brasil,brasil-deve-eliminar-miseria-ate-2016--diz-ipea,not_27206,0.htm

domingo, 11 de julho de 2010

Milhares evacuados na China com ameaça de rompimento de represa


11 de julho de 2010

Enchentes, desabamentos de terra e torrentes de lama já mataram 50 pessoas no sul da China, e o governo determinou que milhares de pessoas desocupem suas casas perto de uma represa que apresenta vazamentos e ameaça de transbordar, afirmaram autoridades e mídia estatal.
A represa Wenquan, na província de Qinghai, ao noroeste do país, está acumulando um volume de água cerca de três vezes superior a sua capacidade --mais de 230 milhões de metros cúbicos de água, quando ela foi construída para comportar um máximo de 70 milhões, segundo a agência Xinhua.
Se a barragem romper, a cidade de Golmud, de 200 mil habitantes e que fica a uma distância de cerca de 130 km, pode ser inundada. Mais de 9 mil pessoas que sofrem risco imediato já foram levadas para outras áreas.
Estações de energia também estão sob risco, e a ferrovia para o Tibete, que fica a 40 km de distância, também pode ser afetada, afirmou a Xinhua, citando o governo local.
A reserva tem tido uma manutenção ruim porque a área normalmente sofre com secas. Os níveis da água ainda estão subindo por causa do derretimento de neve em montanhas próximas, e a previsão é de chuvas pesadas para a noite de domingo e para segunda-feira, afirmou a Xinhua. (Reportagem de Emma Graham-Harrison)

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,milhares-evacuados-na-china-com-ameaca-de-rompimento-de-represa,579666,0.htm

http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.esperandoanerea.es/images/china-mapa.jpg&imgrefurl=http://www.esperandoanerea.es/Mapa%2520china.html&h=508&w=612&sz=66&tbnid=WyIYFN4zOHekcM:&tbnh=113&tbnw=136&prev=/images%3Fq%3Dmapa%2Bchina%2Bprovincias&hl=pt-BR&usg=__SClLNaNPoOvT16eHJ8lZfULR1U4=&sa=X&ei=PyY6TIXkF4KRuAeozNWVBA&ved=0CCgQ9QEwAw

Professor, você pode utilizar esta matéria para fazer o levantamento das represas: brasileiras, chinesas e etc, explorando a localização (próximo a cidades, principalmente) e consequências.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Reino Unido pede que Irã cancele execução por apedrejamento

08/07/2010 -

DA REUTERS, EM LONDRES

O Reino Unido pediu ao Irã na quinta-feira que interrompa o processo de execução de uma mulher que, segundo um grupo de direitos humanos, está prestes a morrer apedrejada por adultério.

"O apedrejamento é uma punição medieval, que não tem lugar no mundo moderno, e o uso continuado desse tipo de punição no Irã demonstra, em nosso ponto de vista, um desrespeito grave aos direitos humanos com os quais o país se comprometeu", disse o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, em uma entrevista coletiva.

A Anistia Internacional afirmou, na semana passada, que teme que Sakineh Mohammadi Ashtiani, mãe de dois filhos, seja executada por apedrejamento por adultério.

O grupo de direitos humanos informou que ela foi condenada em 2006 por ter tido um "relacionamento ilícito" com dois homens e recebeu 99 chibatadas na sentença.

A Anistia afirmou que, apesar disso, Mohammadi Ashtiani foi depois condenada por "adultério enquanto casada", o que ela negou, e foi condenada à morte por apedrejamento.

Hague pediu que o Irã cancele imediatamente a execução e revise o processo de Mohammadi Ashtiani.

"Se essa punição for executada, ela causará indignação e horror ao mundo", afirmou ele.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/763992-reino-unido-pede-que-ira-cancele-execucao-por-apedrejamento.shtml