sábado, 17 de dezembro de 2011

Governo desiste de mudar projeto de traçado de trem-bala

17/12/2011 - DE SÃO PAULO

O governo federal desistiu de permitir variações no traçado do trem-bala que ligará Campinas ao Rio, passando por São Paulo.

Com isso, o trajeto estabelecido no estudo de viabilidade divulgado no ano passado terá de ser seguido à risca pelos interessados em participar da segunda tentativa de leilão, que deverá ocorrer somente em setembro ou outubro de 2012.

Várias prefeituras e organizações já se manifestaram contra o atual traçado porque ele passa sobre áreas consideradas sensíveis -como hospitais, sedes de prefeituras, áreas agrícolas e industriais e até condomínios residenciais.

Até então, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) vinha sustentando que a linha proposta era somente uma referência.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1022666-governo-desiste-de-mudar-projeto-de-tracado-de-trem-bala.shtml

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

'Vitória dos ficha-sujas cria frustração geral', avalia cientista político

Para Marco Antonio Teixeira, decisão do STF sobre Jader Barbalho deixa a impressão de que não vale a pena lutar

15 de dezembro de 2011

Gabriel Manzano, de O Estado de S.Paulo

Ao confirmar na quarta-feira, 14, o cargo de senador para Jader Barbalho (PMDB-PA), o Supremo Tribunal Federal "gerou um sentimento de frustração na sociedade, deixando a impressão de que lutar não vale a pena", adverte o cientista político Marco Antonio Teixeira. Pouco antes de Jader, dois outros fichas-sujas já haviam obtido o direito de tomar posse no Senado - João Capibaribe (PSB-AP) e Cunha Lima (PSDB-PB).

A campanha pela Ficha Limpa entusiasmou milhares de pessoas, que acreditaram poder ajudar a melhorar a vida política, lembra Teixeira. "A lição que essas pessoas vão tirar é que o mundo político pertence a uma outra realidade. Muitos deles não aceitarão mais entrar em ações desse tipo no futuro".

Professor de Ciência Política na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, Teixeira vê, no episódio, vários aspectos negativos. O desânimo do eleitorado, o mau exemplo dos poderes Legislativo e Judiciário, a incerteza quanto às regras também nas eleições municipais de 2012. E se há um vilão nessa história, acrescenta, são os partidos. "Se eles fossem responsáveis e estivessem interessados na qualidade dos candidatos, o País nem precisaria de uma Lei da Ficha Limpa".

Qual o impacto das decisões do STF validando os cargos dos três senadores fichas-sujas?

Há um óbvio sentimento de frustração geral na sociedade. A Lei de Ficha Limpa nasceu dela, foi debatida e divulgada com entusiasmo. A meta era cobrar mais dos partidos, que só se interessam pelos tais puxadores de votos. Muitos políticos no Congresso aderiram à cruzada, tentando aprovar o projeto a tempo de vigorar já em 2010. A decisão do STF deixa tudo em suspenso.

Para muita gente o Supremo acabou ficando como o vilão da história. É justo?
Aí há vários aspectos. O Congresso deveria ser mais responsável, não deixar criar tantas expectativas. Cerca de 40% dos parlamentares são advogados. O relator, José Eduardo Cardozo, é hoje ministro da Justiça. Eles todos sabiam muito bem dos desafios que a lei teria pela frente. Mas o Supremo, que se limitou a aplicar a lei, complicou as coisas com sua habitual lentidão. Assistiu a outros dois candidatos tomarem posse no Senado, Marinor Brito (PSOL-PA)e Gilvan Borges (PMDB-AP). Viu-os participando de discussões, votando projetos, e no final acabou decidindo que eles não tinham legitimidade para isso.

O episódio está encerrado e agora a lei vai valer?

Não se pode garantir isso. Essa história ainda não acabou. O Supremo vai primeiro dar posse à ministra Rosa Weber, para completar seu quadro, e depois virão as férias. Há outra questão, que alguns interessados vão forçar, de levar em conta o trânsito em julgado das decisões para contar os prazos. A sentença definitiva sobre validade da regra em 2012 pode sair lá pelo meio do primeiro semestre, numa hora em que os partidos estarão já definindo suas convenções e listas de candidatos. E há algum risco, também, de a Ficha Limpa acabar não valendo nem no ano que vem.

A que o sr. atribui tanta dificuldade numa questão que devia ser clara e simples?

Se há de fato um vilão nessa história, são os partidos. Se nossas lideranças partidárias se preocupassem com a qualidade no recrutamento de candidatos, o País nem precisaria de uma lei de Ficha Limpa. Mas a saída seria mexer na lei dos partidos, coisa que os políticos não querem fazer de jeito nenhum..

O sr. acredita que estejam existindo negociações entre a cúpula do Judiciário?
O que se pode dizer é que fica no ar uma suspeita de conversas de interesse comum dos dois poderes. O que se divulgou é que o STF decidiu correndo o caso Jader, antes que outro interessado, Paulo Rocha (PT-PR), conseguisse também voltar. E está nos jornais, também, que a volta de Jader, que agrada ao PMDB, ocorre num momento em que tramita o projeto de aumento dos magistrados.

Tem havido interferência do Judiciário no mundo político?

Há de fato um vácuo na medida em que o Legislativo foge ao dever de tomar as decisões que lhe cabem. Ou então, ele as toma de uma forma juridicamente imperfeita. Por um ou outro motivo, sobra ao Supremo a tarefa de preencher os vazios, de consertar as falhas jurídicas. Mas boa parte disso é também decisão do Legislativo de transferir os problemas, para não agravar seus conflitos internos.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,vitoria-dos-ficha-sujas-cria-frustracao-geral-avalia-cientista-politico,811522,0.htm?p=3

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em plebiscito, eleitor do Pará rejeita criação de Estados, mas expõe divisão

Maioria dos paraenses rejeitou a criação de novas unidades da Federação e manteve governo unido e sediado em Belém

11 de dezembro de 2011
Daniel Bramatti / ENVIADO ESPECIAL / BELÉM

BELÉM - O "não" à divisão do Pará foi a opção vitoriosa no plebiscito realizado ontem, no qual os eleitores foram consultados sobre a formação de dois novos Estados. Às 20 horas, com 74% das seções apuradas, os contrários à criação de Tapajós, no oeste, tinham 69% dos votos. E os contrários a Carajás, no sul, eram 70%.

Apesar da vitória da frente que defende a manutenção do atual território, Pará votou dividido - Reuters
Reuters
Apesar da vitória da frente que defende a manutenção do atual território, Pará votou dividido

Apesar da vitória por larga margem da frente que defende a manutenção do atual território, o fato é que o Pará votou dividido. A proposta de divisão foi abraçada com entusiasmo pelos eleitores das regiões que poderiam se separar. Em Santarém, principal cidade da região oeste, a criação de Tapajós recebia 98% dos votos no início da noite. Em Marabá, a frente pró-Carajás colhia quase 94% dos votos.

Mas Santarém, Marabá e as demais cidades das regiões separatistas concentram apenas 35% do eleitorado – ou seja, na prática, a consulta foi decidida pelos 65% que estão em Belém ou áreas próximas e que, durante a campanha, demonstraram contrariedade com a perda de território e recursos naturais resultante de uma eventual divisão. Na capital, o "não" conquistou 95% do eleitorado.

Para complicar ainda mais a situação dos separatistas, as principais cidades do interior apresentavam taxas de abstenção superiores às da capital.

Recurso à Justiça. Na tentativa de contornar o problema da escassez de eleitores, os separatistas recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que o plebiscito ocorresse apenas em Tapajós e Carajás. No final de agosto, porém, o tribunal decidiu que todo o Pará deveria ser consultado.

Para os defensores do "sim", foi uma derrota judicial e também política. Segundo o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), coordenador da campanha do "não", a tentativa de alijar Belém e cidades próximas praticamente unificou esse eleitorado contra a proposta separatista. "Quiseram fazer tudo na surdina, nós nos sentimos traídos", afirmou Coutinho.

Com o início do horário de propaganda na televisão, há um mês, as frentes pró-Tapajós e pró-Carajás fizeram programas voltados à conquista do eleitorado da capital e arredores, mas a resistência ao discurso separatista só aumentou, conforme pesquisas feitas desde então.

Do lado oposto, não foi difícil para os defensores da manutenção do atual território difundir as teses de que a divisão deixaria o Pará mais fraco, pois o Estado perderia o controle dos recursos naturais - principalmente minério - abundantes no sul.

"Eles (os separatistas) queriam ficar com tudo, menos com as dívidas do Pará", disse Rosinaldo Gonçalves, motorista de caminhão e morador da capital, que ontem votou pelo "não".

Tranquilidade.

Na capital paraense, os eleitores encontraram poucas filas e votaram com rapidez, já que só era necessário digitar dois números – uma resposta sobre a eventual criação de Tapajós e outra sobre a criação de Carajás. Muitos votaram vestindo a camisa vermelha com o desenho da bandeira do Pará – item cuja venda explodiu a partir do início da campanha do plebiscito.

A previsão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) era divulgar o resultado final da votação antes da meia-noite de ontem. A frente pelo "não" esperava apenas a confirmação matemática de sua vitória para dar início a uma comemoração nas ruas da região central da cidade.

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandovski, que viajou para Belém a fim de acompanhar a apuração, a votação ocorreu sem incidentes em todo o Estado.

O ministro disse que foi preciso substituir algumas urnas eletrônicas defeituosas em determinadas seções, mas afirmou que em nenhuma houve necessidade de colher os votos em cédula de papel. Segundo ele, o custo do plebiscito para a Justiça Eleitoral é estimado em cerca de R$ 19 milhões.

Lewandowski acompanhou de perto o plebiscito na capital paraense. Esteve no colégio Paes de Carvalho, escola tradicional do ensino público paraense, que se localiza em frente ao prédio local do TRE e que abriga 14 seções eleitorais, reunindo quase 5 mil eleitores. Ele se disse satisfeito com a tranquilidade do plebiscito, que durante toda a manhã não apresentou nenhuma ocorrência grave.

Do próprio TRE, o ministro monitorou as eleições nas outras regiões, especialmente no sul, sudeste e oeste. Lewandowski definiu o plebiscito no Pará como um "momento histórico e de prova de consolidação da democracia no Brasil".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,em-plebiscito-eleitor-do-para-rejeita-criacao-de-estados-mas-expoe-divisao,809715,0.htm?p=3

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Muro que separa EUA do México será estendido 100m para dentro do mar

Nova cerca entre Tijuana e San Diego terá 2,5 metros de altura a mais que a existente hoje

02 de dezembro de 2011

SAN DIEGO, CALIFÓRNIA (EUA) - O governo dos Estados Unidos está construindo uma prolongação do muro localizado na fronteira com o México que entra quase cem metros dentro do mar.
Novo muro terá 2,5 metros a mais e será 'antiescalada' - M. T. Fernandez/BBC
M. T. Fernandez/BBC
Novo muro terá 2,5 metros a mais e será 'antiescalada'

Os trabalhos de ampliação ocorrem nas praias de Tijuana (México) e San Diego (Califórnia, EUA), o ponto mais ocidental da fronteira entre os dois países.

O projeto Surf Fence ("cerca do surfe", em inglês) pretende dificultar a entrada de imigrantes sem documentos nos EUA vindos do México. Mais de 20 mil agentes do serviço americano de Alfândega e Controle de Fronteiras (CBP, sigla em inglês) vigiam a zona de fronteira com o território mexicano.

Com o projeto Surf Fence, os EUA pretendem substituir uma cerca já existente que chega até a costa, mas que, segundo as autoridades, pode ser ultrapassada nos períodos de maré baixa.

Nos últimos anos, a CBP fortificou mais de 1.000 km da fronteira entre os EUA e o México, afirma a repórter da BBC Mundo em Los Angeles, Valeria Perasso. "Sem a cerca, a travessia ilegal até os Estados Unidos seria insustentável, e precisamos de uma infraestrutura física, além de oficiais nesta zona", disse à BBC Michael Hance, oficial de operações da Patrulha de Fronteira.

No lugar dos sarrafos de metal corroído que existem atualmente, a CBP gastará US$ 4,3 milhões para erguer uma cerca de 365 metros de extensão, dos quais mais de 90 m estarão dentro do mar.

A fronteira entre Tijuana e San Diego possui algum tipo de separação há mais de 20 anos. A primeira cerca, com 3 metros de altura e feita de metal soldado, foi erguida em 1993, cobrindo os primeiros 22 km de fronteira desde o Oceano Pacífico. Em 1996, o Congresso aprovou uma lei que levou à construção de uma segunda cerca, paralela à original.

Material contra escaladas

De acordo com a correspondente da BBC Mundo, o muro que será erguido agora, metálico e ondulante, foi projetado para resistir ao impacto das águas, que danificaram as estruturas anteriores. Quando for concluída, em março do próximo ano, a cerca terá 2,5 metros de altura a mais que sua antecessora. Além disso, ela será reforçada com um material que dificultará a escalada dos imigrantes não-documentados.

Apesar dos esforços, o número de prisões por tentativas de ingressar ilegalmente nos EUA está em franca diminuição. No ano passado foram registradas apenas um décimo das 630 mil detenções feitas, por exemplo, em 1986, de acordo com dados oficiais.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,muro-que-separa-eua-do-mexico-sera-estendido-100m-para-dentro-do-mar,805843,0.htm

Professor, você pode estabelecer uma comparação com o Muro entre a Faixa de Gaza e Israel.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Aumento da expectativa de vida reduz valor da aposentadoria

TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
01/12/2011

Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro, haverá uma redução média de 0,42% no valor do benefício do trabalhador que se aposentar a partir desta quinta-feira. De acordo com os dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida ao nascer passou para 73 anos, 5 meses e 24 dias em 2010.

O achatamento ocorre devido ao fator previdenciário, mecanismo utilizado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para tentar adiar a aposentadoria dos trabalhadores mais jovens, penalizando quem se aposenta mais cedo por tempo de contribuição já que esse segurado, teoricamente, vai receber o benefício por mais tempo.

O cálculo leva em conta a idade do segurado ao se aposentar, o tempo de contribuição para a Previdência Social e a expectativa de sobrevida, de acordo com o IBGE. A nova tabela do fator previdenciário vale até novembro de 2012.

DIAS A MAIS

Newton Conde, atuário especializado em previdência, diretor da Conde Consultoria e professor da Fipecafi-FEA USP, estima que, no período de idade em que se concedem aposentadorias, ou seja, dos 41 aos 80 anos, a expectativa de vida dos segurados aumentou, em média, 41 dias entre 2009 e 2010.

Pela tábua de 2009, a expectativa de vida de um homem de 50 anos, por exemplo, era de 29,00 anos a mais. Na tábua em vigor atualmente passou para 29,20. Com isso, a Previdência pagará o benefício para esse segurado até os 79,20 anos e não mais 79,00, o que representa um aumento de 71 dias no desembolso do governo federal.

Conde destaca ainda que não é possível generalizar. "Vai depender da situação de cada segurado, já que a expectativa de vida para algumas idades não sofreu alterações e, para outras, foi agravada em mais de dois meses --73 dias, no máximo", explica.

REGRAS

Para se aposentar por tempo de contribuição, o homem deve comprovar pelo menos 35 anos e a mulher, 30 anos.

Já para se aposentar por idade, é necessário ter, no mínimo, 65 anos (homens) e 60 anos (mulher). Nesse caso, o uso do fator previdenciário no cálculo do valor da aposentadoria é opcional, só sendo usado, portanto, se for beneficiar o trabalhador.

Uma mulher de 55 anos de idade, por exemplo, que tiver começado a contribuir com 25 terá um fator previdenciário de 0,714, logo receberá pouco mais de 70% do salário de benefício (média dos 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994).

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1014961-aumento-da-expectativa-de-vida-reduz-valor-da-aposentadoria.shtml

Expectativa de vida do brasileiro ao nascer é de 73,5 anos

IBGE divulga pesquisa Tábuas Completas de Mortalidade 2010

RIO - A expectativa de vida do brasileiro ao nascer alcançou 73,48 anos (73 anos, 5 meses e 24 dias) em 2010, segundo a pesquisa Tábuas Completas de Mortalidade 2010, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2009, a expectativa era de 73,17 anos. Ou seja, houve um aumento de 3 meses e 22 dias entre um ano e outro. Comparando o índice de 2010 em relação à taxa de 2000, houve uma elevação de 3,03 anos (3 anos e 10 dias).

Em três décadas, a esperança de vida ao nascer aumentou em mais de dez anos, já que em 1980, a expectativa era de 62,6 anos. A projeção do IBGE é que em 2050, é que a taxa alcance 81,29 anos.

A diferença entre a esperança de vida de homens e mulheres continua grande: chega a 7,59 anos (7 anos, 7 meses e 2 dias). Para as pessoas do sexo masculino a expectativa no ano passado era de 69,73 anos e, para as de sexo feminino, de 77,32 anos.

A taxa de mortalidade infantil alcançou no último ano 21,64 óbitos por mil nascidos vivos. Em 2009, essa taxa era de 22,7 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos. O número indica a redução de 28,03% no índice ao longo da década.

Os dados do IBGE também fazem uma relação entre as probabilidades de morte de homens e mulheres, de acordo com a idade. Nesta análise, aos 22 anos de idade, a chance de um homem morrer era 4,5 vezes maior do que a de uma mulher no ano passado. Segundos índices de 2000, a probabilidade de morte masculina nesta mesma idade chegava a quatro vezes mais que a feminina.

As Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias.


http://oglobo.globo.com/pais/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-de-735-anos-3358653

Brasil piora colocação em ranking sobre corrupção

Numa escala de zero (muito corrupto) a dez (nada corrupto), país teve nota 3,8

Mapa divulgado pela Transparência Internacional para ilustrar os diferentes níveis de percepção da corrupção, do amarelo (menos corrupto) ao vermelho (mais corrupto). Foto: Transparência Internacional / Divulgação
Mapa divulgado pela Transparência Internacional para ilustrar os diferentes níveis de percepção da corrupção, do amarelo (menos corrupto) ao vermelho (mais corrupto). Transparência Internacional / Divulgação

RIO – O Brasil caiu quatro posições no ranking divulgado nesta quinta-feira pela ONG Transparência Internacional que mediu a percepção da corrupção em 2011 e agora ocupa a 73ª colocação entre 183 países avaliados, com a nota 3,7. Quanto mais próximo do topo da lista e da nota dez, menor é a sensação de que o país é corrupto. Embora tenha despencado no ranking, o Brasil melhorou ligeiramente sua nota, que passou a ser 3,8 este ano.

No topo da lista ficou a Nova Zelândia, com 9,5. Dinamarca e Finlândia aparecem logo em seguida, com 9,4. A percepção de que o país é corrupto é maior na Coreia do Norte e na Somália, já que ambos ficaram na lanterna, com a nota 1. Dois terços dos países classificados apresentaram nota menor que 5.

O Chile é o país da América Latina melhor colocado no ranking, aparecendo no 22º lugar. Com nota 7,2, ficou à frente de países desenvolvidos como Estados Unidos (24º) e França (25º). O Uruguai ficou a mesma nota 7 obtida pelo país de Nicolas Sarkozy, compartilhando a mesma posição na lista. Argentina (100ª), Equador (120ª) e Paraguai (154ª) ficaram com notas iguais ou menores que 3.

- O ano de 2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos. Os países com altas notas mostram que, com o tempo, os esforços para melhorar a transparência podem se mantidos, bem sucedidos e beneficiar seu povo - afirmou o diretor executivo da Transparência Internacional, Cobus de Swardt.

O índice da Transparência Internacional classifica os países e territórios de acordo com os níveis percebidos de corrupção no setor público. Utiliza dados de 17 pesquisas que levam em conta fatores como o cumprimento de leis anticorrupção e conflitos de interesse. As avaliações incluem ainda questões relacionadas com a corrupção de funcionários públicos, propinas nos contratos públicos e desvio de fundos públicos.


http://oglobo.globo.com/pais/brasil-piora-colocacao-em-ranking-sobre-corrupcao-3359621

Leia mais sobre o assunto, no site de O Globo.

domingo, 27 de novembro de 2011

Poluição crônica avança sobre praias badaladas de SP

27/11/2011
DE SÃO PAULO

Praias badaladas do litoral entre Santos e Rio estão se tornando vítimas do esgoto levado pelos rios, informa reportagem de Eduardo Geraque publicada na edição deste domingo da Folha.

Famosas por serem "points" de surfistas e público descolado, praias como Itamambuca, em Ubatuba, Tabatinga, em Caraguatatuba, têm recebido classificação ruim da Cetesb (Companhia Ambiental de SP) em alguns trechos.

Praia de Itamambuca, no norte de Ubatuba; canto direito será avaliado pelo quarto ano como ruim pela Cetesb

Praia de Itamambuca, no norte de Ubatuba; canto direito será avaliado pelo quarto ano como ruim pela Cetesb


A principal fonte de contaminação é o esgoto jogado em rios, que podem levar banhistas a desenvolver de diarreia a hepatite.

As prefeituras das cidades litorâneas afirmam que a tendência em relação à qualidade da água é de melhora, mas que investem em saneamento e fiscalizam irregularidades.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1012797-poluicao-cronica-avanca-sobre-praias-badaladas-de-sp.shtml

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Integrante do ETA é expulsa por pedir perdão a vítimas

23/11/2011
DA EFE, EM MADRI

Idoia López Riaño, conhecida como "La Tigresa", uma das integrantes mais violentas do ETA, foi expulsa da organização separatista basca por pedir perdão às vítimas, informou nesta quarta-feira a imprensa espanhola.

O ETA anunciou a expulsão de Idoia, envolvida em 23 assassinatos cometidos pelo grupo, e de seu namorado Joseba Arizmendi Oiartzabal ao eliminar seus nomes da lista do coletivo de presos "etarras" (integrantes da organização).

"La Tigresa" foi repudiada pelo ETA por assinar um documento no qual, entre outras coisas, pede perdão às vítimas e renega o grupo terrorista, de acordo com a emissora de rádio "Cadena Ser" e os jornais do grupo Vocento.

Idoia, extraditada pela França em 9 de maio de 2001 e presa na Espanha desde então, está detida desde junho de 2010 na cadeia de Nanclares de Oca, no País Basco, para onde foi transferida ao lado do namorado após assinar o documento.

O governo espanhol informou as transferências e explicou que "La Tigresa" e Arizmendi, apesar da aproximação, mantinham o primeiro grau do regime penitenciário -- o mais duro -- por seu longo e violento histórico criminoso.

A terrorista, envolvida em 23 assassinatos entre o início dos anos 1980 e sua detenção em 1994, recebeu várias sentenças condenatórias, entre elas uma de 1.572 anos de prisão pelo atentado perpetrado em 1986 pelo ETA em Madri, no qual morreram 12 guardas civis.

Já Joseba Arizmendi Oiartzabal participou do assassinato do guarda civil Francisco Robles Fuentes em Pasajes (Guipúzcoa) em maio de 1991 e no de Raúl Suárez, em Rentería, um mês depois.

A organização terrorista anunciou em 20 de outubro a "cessação definitiva de sua atividade armada", embora não sua dissolução nem a entrega das armas.

Em suas mais de quatro décadas de atividade, o ETA foi responsável pelo assassinato de mais de 800 pessoas.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1010837-integrante-do-eta-e-expulsa-por-pedir-perdao-a-vitimas.shtml

domingo, 20 de novembro de 2011

Cientistas explicam formação de 'cordilheira fantasma' na Antártida

Atualizado em 19 de novembro de 2011

Cientistas dizem que agora podem explicar a origem do que talvez sejam as mais extraordinárias montanhas da Terra.

As Gamburstsevs são do tamanho dos Alpes europeus e totalmente cobertas pelo gelo antártico.

Sua descoberta na década de 1950 foi uma grande surpresa. A maioria supunha que o continente fosse plano e sem grandes variações.

Mas dados de estudos recentes sugerem que a cadeia de montanhas formou-se há mais de um bilhão de anos, segundo o trabalho divulgado na publicação científicaNature.

As Gamburtsevs são importantes por serem o local onde sabemos hoje que o gelo iniciou sua expansão pela Antártida.

Estudos climáticos

A descoberta da história das montanhas ajudará portanto em estudos climáticos, auxiliando cientistas a descobrir não apenas mudanças passadas da Terra, mas também possíveis cenários futuros.

"Pesquisar estas montanhas foi um enorme desafio, mas fomos bem-sucedidos e produzimos um trabalho fascinante", disse Fausto Farraccioli, da British Antartic Survey (BAS), à BBC.

Ele foi o pesquisador principal do projeto AGAP (sigla em inglês para Província Antártica de Gamburtsev).

A equipe de cientistas de várias nacionalidades viajou algumas vezes durante os anos de 2008 e 2009 ao leste do continente gelado, mapeando o formato da montanha escondida usando um radar capaz de penetrar o gelo.

Outros instrumentos registraram os campos gravitacionais e magnéticos, enquanto sismômetros estudavam as profundezas da Terra.

A equipe AGAP acredita que estes dados podem agora construir uma narrativa consistente para explicar a criação das Gamburtsevs e sua existência através do tempo geológico.

Supercontinente

É uma história que começou pouco antes de um bilhão de anos atrás, muito antes de formas de vida complexas se formarem no planeta, quando os continentes estavam se atraindo para formar um supercontinente conhecido como Rodínia.

A colisão que aconteceu gerou as enormes montanhas.

No decorrer de centenas de milhões de anos, os picos sofreram gradualmente um processo de erosão. Apenas as "raízes", ou bases, das montanhas teriam sido preservadas.

Mas entre 250 e 100 milhões de anos atrás, quando os dinossauros habitavam o planeta, os continentes começaram a se separar em uma série de fissuras próximas à base gelada das montanhas.

Este movimento aqueceu e rejuvenesceu as "raízes", criando as condições necessárias para que a terra se elevasse mais uma vez, fazendo com que as montanhas fossem restabelecidas.

Seus picos cresceram ainda mais na medida em que vales profundos foram sendo cortados por rios e geleiras a seu redor.

E teriam sido as geleiras que escreveram os capítulos finais, há cerca de 35 milhões de anos, quando elas se expandiram e se fundiram para formarem o Manto Antártico Oriental, encobrindo a cadeia de montanhas neste processo.

Mistério solucionado

"Esta pesquisa realmente soluciona o mistério de por que você pode ter montanhas aparentemente jovens em meio a um velho continente", diz a pesquisadora principal do estudo, Robin Bell, da universidade de Columbia.

"As montanhas originais provavelmente foram erodidas, para retornar como uma fênix. Elas tiveram duas vidas", disse ela.

A ideia é agora conseguir financiamento para escavar as montanhas em busca de amostras de solo, que poderiam confirmar o modelo divulgado na Nature.

Os pesquisadores também buscam determinar o local mais adequado para fazer a escavação no gelo.

Ao examinar bolhas de ar presas na neve compactada, os pesquisadores podem determinar detalhes do passado, como condições ambientais, incluindo a temperatura e a concentração de gases na atmosfera, como dióxido de carbono.

Acredita-se que em algum local da região de Gamburtsev seja possível a coleta de amostras de gelo com mais de um milhão de anos. A amostra seria ao menos 200 mil anos mais antiga do que o gelo antártico já analisado por cientistas.

sábado, 19 de novembro de 2011

PF investiga se Chevron tentou atingir pré-sal ao perfurar poço que vazou

Suspeita também é levantada por técnicos da ANP; vazamento no Campo de Frade já dura 11 dias

18 de novembro de 2011

A Polícia Federal está investigando a possibilidade de a petroleira norte-americana Chevron estar tentando indevidamente alcançar a camada pré-sal do Campo de Frade. Na tentativa, teria ocorrido a ruptura de alguma estrutura do poço perfurado, dando origem ao vazamento de petróleo na Bacia de Campos (RJ), que já dura 10 dias. Técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) admitiram nesta sexta-feira, 18, que discutem internamente essa possibilidade.


Mancha de óleo no mar: estimativa de vazamento é de 200 a 330 barris por dia entre os dias 8 e 15 - DivulgaçãoDivulgação-Mancha de óleo no mar: estimativa de vazamento é de 200 a 330 barris por dia entre os dias 8 e 15

O delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF e responsável pelo inquérito, disse que “uma das hipóteses com as quais trabalhamos é a de que o acidente pode ter ocorrido pelo fato da empresa ter perfurado além dos limites permitidos”. Os especialistas da ANP suspeitam que o emprego pela Chevron de uma sonda com capacidade para perfurar a até 7,6 mil metros, quando o petróleo em Frade aparece a menos da metade dessa profundidade, é um indicativo de que a companhia poderia estar burlando seu plano de prospecção do campo.

Além de investigar a hipótese de que haveria em curso, antes do acidente, uma ação exploratória em direção ao pré-sal, a ANP pretende apurar falhas na construção do poço, o emprego de material inadequado e a falta de realização de testes de segurança antes do início da perfuração.

A Chevron tem quatro poços autorizados no Campo de Frade. O site da ANP informa que um deles está concluído e os outros três (6CHEV4ARJS, 9FR47DRJS e 9FR49DPRJS), em fase de perfuração, em lâminas d’água que variam entre 1.184 metros e 1.276 metros de profundidade.

Movimentação de terreno

Ex-presidente da Associação Brasileira dos Geólogos de Petróleo, Nilo Azambuja afirma que as conjecturas que surgem em relação às causas do vazamento na Bacia de Campos, até mesmo as que vêm sendo investigadas pela ANP, não podem ser consideradas definitivas.

Segundo ele, a Chevron poderia estar tentando alcançar o pré-sal, sem que isso represente uma irregularidade. “A área é dela, se quiser pode ir ao Japão”, afirmou ele, acrescentando que a empresa deve, com até 20 dias de antecedência, avisar a ANP sobre seus planos de perfuração, com detalhes da profundidade.

Para Azambuja, a hipótese mais provável é que durante o trabalho de injeção de água em um poço tenha havido movimentação de terreno e o petróleo represado no que os especialistas chamam de trapa (armadilha) acabou escapando. “Esse é um fenômeno que pode acontecer. Em reservatórios, o óleo pode ficar preso numa trapa. Quando a trapa rompe, há vazamento.”

Estrangeiros

A Polícia Federal também investiga a suspeita de que a Chevron empregue estrangeiros em situação irregular no País. Segundo o delegado Fábio Scliar, há indícios de que até pessoas que não deram entrada oficialmente no Brasil estejam trabalhando em plataformas localizadas no litoral brasileiro.

“Trata-se de um ilícito administrativo. Mas é algo sério. Se isso for comprovado e esses estrangeiros em situação irregular estiverem recebendo salários no exterior, por exemplo, já se configura crime de sonegação fiscal e de sonegação previdenciária”, explicou o delegado responsável. Um porta-voz da empresa negou essa possibilidade.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a prioridade, no momento, é conter o vazamento. “Estamos agindo neste sentido. Depois, vamos passar para a fase de apuração de responsabilidades e penalidades. Teve dano ambiental, tem multa, a legislação é clara. A área técnica vai produzir relatórios e, depois, vamos dar satisfação à sociedade”, disse.

Já o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), reforçou sua posição de que os Estados produtores de petróleo têm de receber uma maior parte dos royalties pois são afetados pela operação. “Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental em um Estado produtor de petróleo. É uma prova de que eles devem receber uma parte maior dos royalties.”

Plano contra vazamento de petróleo não sai do papel

19/11/2011
DO RIO
DE BRASÍLIA

O governo mantém em banho-maria desde 2003 um plano nacional de contingência contra vazamentos de petróleo de grandes dimensões, informa reportagem de Cirilo Junior e Claudio Angelo publicada na edição deste sábado da Folha.

A minuta do decreto do plano começou a ser feita no início do primeiro governo Lula, conforme determinação da lei 9.966, de 28 de abril de 2000, que trata das ações de prevenção e combate à poluição causada por derramamento de óleo.

Após o acidente com a plataforma da BP nos EUA, em abril de 2010, o plano foi retomado por um grupo de trabalho formado pelo Ministério do Meio Ambiente.

Em maio de 2010, a ministra Izabella Teixeira havia prometido que o plano seria ajustado pelos outros ministérios envolvidos no trabalho e concluído até o fim do ano.

Não foi: durante a transição de governo, foram pedidos novos ajustes ao MMA, que devolveu o texto às outras pastas para que fizessem as alterações solicitadas. Segundo o ministério, as modificações estariam, neste momento, sendo feitas pela pasta de Minas e Energia.

"Como precisa ser assinado por vários ministros, o trâmite levou mais tempo. Há uma burocracia", disse o secretário de Petróleo e Gás do Ministério das Minas e Energia, Marco Antônio Almeida.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o acidente com o poço da Chevron não se enquadraria no plano nacional, por ser "pequeno".

Rogério Santana/Divulgação

Barcos trabalhar para conter o petróleo que vazou do poço operado pela Chevron

Barcos trabalhar para conter o petróleo que vazou do poço operado pela Chevron


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1008878-plano-contra-vazamento-de-petroleo-nao-sai-do-papel.shtml

Venda de terra para estrangeiros ficará ainda mais difícil

19/11/2011
DE BRASÍLIA

O governo prepara projeto, que pode ser baixado na forma de medida provisória, para tornar mais rígidas as restrições para estrangeiros adquirirem terras no Brasil e fechar brechas da legislação, informa reportagem de Valdo Cruz e Lucio Vaz publicada na Folha deste sábado.

Encomendado pela presidente Dilma Rousseff, o projeto tem como alvo a China, que por meio de seu fundo soberano tem adquirido terras em outros países.

Sérgio Lima-31.mar.11/Folhapress
Comitiva chinesa visita campos de pesquisas de soja, milho e algodão em Goiás
Comitiva chinesa visita campos de pesquisas de soja, milho e algodão em Goiás

Segundo um assessor presidencial, Dilma avalia que o parecer atual da AGU (Advocacia-Geral da União) sobre o tema é "insuficiente" para controlar a entrada de estrangeiros no mercado de terras.

Em 2010, a AGU definiu que empresas brasileiras sob controle de capital estrangeiro têm de obedecer às mesmas restrições das estrangeiras --não podem adquirir mais do que 50 módulos fiscais, com limite máximo de 5.000 hectares (varia de acordo com a região do país).

O governo classifica o assunto como uma questão de "soberania nacional" e de proteção dos interesses do país na produção de commodities agrícolas e minerais.

O novo projeto definirá mecanismos para identificar o que é uma empresa brasileira de capital estrangeiro. Hoje, investidores estrangeiros criam várias companhias para burlar essa identificação.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1008880-venda-de-terra-para-estrangeiros-ficara-ainda-mais-dificil.shtml

Pressão em reservatório foi subestimada, diz Chevron

19/11/2011
PEDRO SOARES e DENISE LUNA - DO RIO

A Chevron reconheceu que um erro no cálculo da pressão do reservatório provocou o vazamento de óleo do campo de Frade. Com base na informação incorreta, a companhia usou um tipo de lama de perfuração que não tinha o peso necessário para conter o óleo, que subiu pelo poço e chegou à superfície.

"A pressão do reservatório foi subestimada", afirmou George Buck, presidente da Chevron Brasil.

A lama tem de ser mais pesada para evitar que o óleo retorne pela parte do poço perfurada. O problema ocorreu no dia 7 e foi informado à ANP no dia seguinte.

O óleo vazou do fundo do poço (2.279 metros desde o subsolo marinho) e escapou por meio de uma ruptura do revestimento da parte superior do poço, a uma profundidade de 560 metros.

Escorreu então para as formações rochosas ao lado (que são como uma esponja e absorvem a substância) e chegou ao fundo do mar por meio de fissuras no subsolo. Como é mais leve que a água, subiu à superfície.

O executivo afirmou que ainda está sendo investigado o que provocou a ruptura, assim como o que levou à estimativa errada da pressão do óleo.

Buck disse, porém, que não houve nenhum problema no sistema de perfuração da sonda, operada pela Transocean -a mesma companhia responsável pelo equipamento que explodiu e provocou o vazamento da BP no golfo do México.

Segundo o executivo, o vazamento foi totalmente contido no dia 13. Porém o petróleo "residual" que já tinha vazado para a rocha continuou a escapar pelas fissuras. A Chevron diz que não tem ainda uma estimativa final de volume do vazamento.

A companhia, diz, calcula "no pior dia" -14 deste mês- que a mancha de óleo na superfície tinha 882 barris. Ontem, tinha 18 barris.

SOBREVOO

Depois de sobrevoar ontem pela manhã a área afetada pelo vazamento de petróleo nas operações da Chevron no campo de Frade, na bacia de Campos, o secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que ainda era possível ver borbulhas de óleo na superfície, indicando que ainda havia vazamento.

Minc sobrevoou a área ao lado de equipes do Ibama e da ANP (Agência Nacional do Petróleo).

O secretário disse ter visto três baleias durante o voo e que uma estava a apenas 300 metros da mancha de óleo. "A mancha ainda é grande e com certeza foi subestimada pela empresa [Chevron]", disse o secretário, que prevê uma punição forte para a petroleira norte-americana.

Em nota oficial, técnicos do Ibama informaram que a inspeção visual mostrou que a mancha de óleo está diminuindo.

Ontem era de cerca de 18 quilômetros de extensão e de 11,8 quilômetros quadrados, ante os 68 quilômetros de extensão e de cerca de 160 quilômetros quadrados de área contabilizados em imagens via satélite nos dias 12 e 14.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1009020-pressao-em-reservatorio-foi-subestimada-diz-chevron.shtml

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Carlos Looping em queda livre

Em mais uma reviravolta, o ministro do trabalho foi pego de surpresa com o looping que o jatinho da ONG deu no ar e agora está em queda livre. O problema é que ele está sem paraquedas e o PDT disse que não providenciará nada para amortecer a queda. Pelo menos o ministro agora poderá cumprir a promessa de não sair nem abatido a bala

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Em cúpula, moeda chinesa causa troca de farpas entre EUA e China

13/11/2011
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente americano, Barack Obama, manifestou "impaciência e frustração" e trocou farpas neste domingo com seu colega chinês, Hu Jintao, em uma tensa conversa sobre política econômica durante a cúpula Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Havaí.

Os EUA vêm cobrando da China uma revisão de sua política monetária, argumentando que Pequim mantém o yuan artificialmente desvalorizado para impulsionar suas exportações.

"Ele deixou claro que as pessoas e a comunidade empresarial americanas estão cada vez mais impacientes e frustrados com o estado das mudanças na política econômica na China e a evolução da relação econômica entre Estados Unidos e China", afirmou Michael Froman, assessor adjunto de Segurança Nacional, depois de uma reunião dos dois dirigentes no Havaí.

Pouco antes de sua reunião com Hu, Obama advertiu à China que deve "respeitar as regras" de concorrência em termos de comércio internacional e proteção da propriedade intelectual.

A China também elevou o tom das críticas e disse que prefere manter as relações comerciais com os EUA dentro da arquitetura atual do comércio internacional, e que não será subjugada aos esforços americanos de aumentar sua penetração nos mercados da Ásia e do Pacífico.

Hu insistiu ainda que o status chinês de potência global emergente indica que o país precisa de mais poder nas estruturas internacionais.

Para Obama, a melhor vantagem dos Estados Unidos no mercado global é a inovação e a proteção dos direitos de propriedade intelectual, segundo declarou em um evento à margem da cúpula Apec no Havaí, aludindo às falsificações de produtos no gigante asiático e ao não respeito às patentes neste mercado.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, principal incentivador do Acordo de Livre Comércio Transpacífico (TPP), não rejeitou explicitamente a participação da China neste acordo, mas advertiu que a mesma deve ser acompanhada de altos níveis de transparência e liberdade, áreas nas quais Pequim é criticado com frequência.

Obama disse neste sábado que o TPP deve ser concluído em 2012, pouco depois de anunciar que seus nove países negociadores alcançaram um acordo "em linhas gerais".