quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hamas e Fatah chegam a acordo para governo único, dizem fontes

Israel vai estudar acordo antes de adotar posicionamento oficial sobre reconciliação de palestinos
27 de abril de 2011


Em foto de 2007, Haniyeh se encontra com Abbas.

CAIRO - Autoridades palestinas dos movimentos rivais Fatah e Hamas disseram ter chegado a um acordo inicial para encerrar os quatro anos de divergências que provocaram a criação de dois governos, um na Cisjordânia e outro da Faixa de Gaza.

acordo, durante reunião no Cairo, prevê a formação de um governo transitório de união e o início dos preparativos para as eleições presidencial e legislativas daqui a um ano, informaram um fonte oficial do Egito e um porta-voz do Fatah.

As delegações "chegaram a um acordo completo após a discussão de todos os pontos, inclusive da formação de um governo transitório", segundo a agência egípcia Mena. Todas as facções palestinas serão convocadas para uma reunião nos próximos dias, em que o acordo será assinado, acrescentou a agência.

Israel

O governo israelense afirmou que irá estudar a natureza do "entendimento" alcançado hoje entre os movimentos palestinos antes de se posicionar sobre a repercussão que o acordo pode ter em suas relações com a Autoridade Nacional Palestina. "Estamos vendo os detalhes, queremos ver o que é o melhor antes de adotar uma postura oficial", disse à Efe Ashley Perry, porta-voz do ministro de Exteriores, Avigdor Lieberman.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamín Netanyahu, ficou surpreso com o acordo e advertiu ano passado que a reconciliação entre o Hamas e o Fatah significaria o fim de qualquer processo negociador.

Nas últimas semana, fontes governamentais revelaram que Netanyahu tinha intenção de lançar uma nova iniciativa diplomática para impulsionar as negociações de paz com os palestinos, interrompidas em setembro de 2010.

Com Efe

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,hamas-e-fatah-chegam-a-acordo-para-governo-unico-dizem-fontes,711533,0.htm

Fechar fronteira da UE seria piada, diz político francês

27 de abril de 2011
AE - Agência Estado

O líder da União por um Movimento Popular (UMP), o partido político do presidente francês Nicolas Sarkozy, disse hoje que a França não pode se permitir receber ondas de imigrantes do Norte da África que buscam trabalho, mas também admitiu que fechar as fronteiras da União Europeia seria uma "piada".

Jean-François Copé afirmou que a revisão que a França e a Itália pediram ontem do Acordo de Schengen é baseada em fatores econômicos, não na xenofobia. Em entrevista à Associated Press, ele argumentou: "Nós temos as condições e os meios de absorver a mão de obra relacionada à imigração? A resposta é não".

A França e a Itália se envolveram em uma crise diplomática nas últimas semanas sobre como lidar com mais de 20 mil imigrantes tunisianos que chegaram à Itália desde meados de janeiro, e cuja entrada na França foi em grande parte barrada pelas autoridades na fronteira. As informações são da Associated Press.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,fechar-fronteira-da-ue-seria-piada-diz-politico-frances,711570,0.htm

União Europeia 11.04.2011
Saiba o que é o Acordo de Schengen

Assinado por cinco países há 25 anos, o Acordo de Schengen abrange hoje 25 Estados europeus. Ele permite a livre circulação de pessoas entre os países-membros ao eliminar os controles de fronteiras.


O acordo que Alemanha, Bélgica, França, Luxemburgo e Holanda assinaram na vila luxemburguesa de Schengen em 14 de junho de 1985 previa a eliminação gradual dos controles de fronteiras nas divisas entre esses países.

Cinco anos depois, as cinco nações assinaram um novo acordo, que especificava os requisitos para que o livre trânsito de cidadãos entre os signatários fosse implementado.

Foram necessários mais cinco anos para que, em 1995, o acordo finalmente começasse a vigorar – o atraso foi também causado pela unificação alemã.

O Acordo de Amsterdã, de 1999, integrou o Acordo de Schengen à legislação da União Europeia (UE), colaborando para que a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas – um dos princípios centrais do mercado comum europeu – se tornasse realidade no bloco.

Depois de várias adesões, o Acordo de Schengen é válido hoje em 25 países europeus. Além de 22 países-membros da UE (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Suécia e República Tcheca), também a Islândia, a Noruega e a Suíça são signatários.

Exceções estão previstas para a Irlanda e o Reino Unido. A Romênia e a Bulgária devem abrir suas fronteiras aos demais países em 27 de março de 2011. No caso do Chipre, a adesão está suspensa até que haja uma solução para a questão interna que divide o país.

Para os cidadãos europeus, a livre circulação de pessoas dentro do chamado Espaço Schengen é uma realidade hoje. Há exceções apenas para grandes eventos, como encontros do G20 ou da Otan.

JBN/DW
Revisão: Alexandre Schossler


http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3871496,00.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pronta, transposição do São Francisco em Alagoas não funciona

25/04/2011
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO

Um canal com 45 km de extensão e capacidade para transportar água do rio São Francisco através da região mais seca do sertão de Alagoas está pronto desde o final de 2010.

A entrada em funcionamento, porém, depende da implantação de um sistema de irrigação que leva água aos lotes e da construção de uma subestação de energia.

A previsão é que a operação do Canal do Sertão, que já teve investimento de R$ 400 milhões, se inicie até o final deste ano.

Quando os primeiros 45 km do canal estiverem em funcionamento, irão beneficiar diretamente 470 pequenos produtores de cabras e ovelhas do sertão. A área irrigada será de 3.200 hectares.

Segundo o governo do Estado, que gerencia a execução da obra, a implantação do sistema de irrigação (cujo custo é de R$ 45 milhões) estava incluída em um segundo contrato que só começou a ser executado agora.

Governo de Alagoas/Divulgação
Canais da "minitransposição" em Alagoas; obras estão prontas, mas inauguração depende de novos projetos

O secretário da Infraestrutura, Marco Fireman, disse que dois problemas emperraram a execução do contrato: a falta de dinheiro do governo estadual para contrapartidas (em torno de 10% do investimento federal) e pendências no Tribunal de Contas da União, que segurou a liberação dos repasses por suspeita de sobrepreço.

"Não tinha sentido inaugurar 45 km de canal, botar água dentro e não dar finalidade a ela", disse Fireman.

O projeto prevê 250 km de canal, entre os municípios de Delmiro Gouvêia, no sertão, e Arapiraca, no agreste, com uma vazão máxima de 32 metros³/seg de água. A obra foi iniciada em 2002, mas ganhou impulso a partir de 2007, com a inclusão do canal no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Segundo o secretário, à medida que a obra do canal avança pelo sertão, ela deverá atrair agroindústrias de produção irrigada de frutas, como laranja.

Nesta primeira etapa, o foco será o pequeno produtor, além de fornecer água para consumo.

O governo do Estado disse que já cadastrou as 470 famílias que irão receber os lotes, com um contrato de concessão. Os 3.200 hectares irrigados pelo canal serão desapropriados pelo governo para assentar as famílias.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/906904-pronta-transposicao-do-sao-francisco-em-alagoas-nao-funciona.shtml

quinta-feira, 14 de abril de 2011

B R I C S - Estudo Comparativo dos Sistemas de Inovação no


A presidente da República, Dilma Rousseff, está reunida com os líderes dos outros grandes países emergentes conhecidos por Brics, além do Brasil, fazem parte do grupo também Rússia, Índia, China e África do Sul. Na reunião, em Sanya, serão discutidas questões internacionais, como a crise líbia e a reforma do sistema financeiro global.

Os cinco países destacaram as discussões sobre a função global do Direito Especial de Saque (SDR), um ativo de reserva internacional do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em um comunicado divulgado, os líderes disseram apoiar um sistema de reserva monetária internacional amplo, o que significa reduzir a dependência do dólar.

As possibilidades de crescimento da economia mundial para as próximas décadas são vistas como residindo principalmente em alguns poucos países menos desenvolvidos. Países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) possuem tal potencial.
Mais do que possibilidades de crescimento alude-se aos Brics um potencial para "mudar o mundo" tanto pelas ameaças quanto oportunidades que estes cinco países representam, do ponto de vista econômico, social e político.

Agências e analistas internacionais já perceberam o potencial dos Brics, sugerindo que os investidores devem prestar atenção às oportunidades apresentadas por estes países.

Nestes casos a ênfase usualmente se restringe à identificação de possibilidades de investimentos nas estruturas produtivas destes países e as perspectivas atuais e futuras de seus mercados consumidores.

No estudo aqui proposto, o interesse em analisar os Brics vai muito além da análise dessas possibilidades. Estes países apresentam significativas oportunidades de desenvolvimento, além de diversas características e desafios bastante similares. Identificá-los e analisá-los ajudará a melhor descortinar os possíveis caminhos para a realização de seu potencial de desenvolvimento econômico e social.

Propóstas do Projeto BRICS
I) Aprofundar e fortalecer a pesquisa em inovação nos Brics;
II) Gerar informações e indicadores que possam representar de forma adequada os SINs destes países;
III) Conhecer como se estruturam e funcionam os sistemas de inovação nos BRICS, avaliando como a inovação afeta o desempenho sócio-econômico destes países;
IV) Comparar os cinco sistemas nacionais de inovação dos BRICS, analisando suas perspectivas;
V) Promover o intercâmbio de experiências e instrumentos de políticas para inovação e sistemas de inovação entre os BRICS.


http://brics.redesist.ie.ufrj.br/
http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/04/brics-defendem-reforma-no-sistema-monetario-internacional.html
http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/04/dilma-se-reune-com-lideres-dos-brics-na-china.html

sábado, 9 de abril de 2011

As asas da Águia

Coluna no GLOBO

Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 9.4.2011

A economia americana pode crescer até 4% este ano, mas ainda respira com a ajuda de aparelhos: juros zero e gasto público. O desemprego caiu de 9,8% para 8,8% em cinco meses. A alta do petróleo tira renda das famílias e pode afetar o consumo. A alta da bolsa recupera patrimônio das famílias. A dívida pública ultrapassará o teto de US$ 14 trilhões, mas as empresas voltaram a ter lucro.

A briga política de 2012 foi oficializada com o lançamento da candidatura de Barack Obama, e isso elevou o impasse no Congresso americano. A economia pode ajudar Obama, dependendo da intensidade da recuperação. Os economistas têm projeções variadas para 2011. Quanto mais forte for a recuperação, mais chance tem Obama. O quadro político tem vantagens e desvantagens para o presidente. Os republicanos estão divididos, mas nas disputas por cadeiras no Senado em 2012 eles estão em situação confortável. Os democratas precisam defender 23 das 33 cadeiras em disputa. Os republicanos precisam ganhar apenas quatro para ter a maioria na Casa, e em cinco dos estados onde haverá eleição para o Senado, o candidato republicano John McCain ganhou na última eleição.

Bill Clinton deixou superávit orçamentário para George Bush, que entregou a Obama um megadéficit e a economia em frangalhos.
Só agora aparecem os primeiros sinais bons no mercado de trabalho. A taxa de desemprego nos EUA cai há cinco meses. Mas 8,8% ainda é alto. A duração média no emprego subiu, mas o percentual de pessoas que ficam desempregadas por mais de seis meses aumentou um pouco. Há contradições, mas o mercado de trabalho é o último a se normalizar numa crise. Primeiro, as empresas recuperam lucros e confiança, para depois voltar a contratar. O rendimento do trabalhador também está baixo: enquanto a renda média em 2005 era US$ 4,00 a hora, este ano caiu para US$ 2,07.

José Roberto Mendonça de Barros diz que nos Estados Unidos quando é para fazer um ajuste eles fazem. A legislação trabalhista é flexível. Os salários caíram fortemente. Mas agora o nível de emprego começa a se recuperar, ainda que alguns pensem que é lentamente:

— Se o ritmo de criação de vagas dos últimos três meses for mantido, de 160 mil postos, só daqui a seis anos os EUA voltarão a ter a taxa de desemprego que tinham antes da crise, na faixa de 5% a 6% — explicou a economista Monica de Bolle, da Galanto Consultoria.

A inflação em 12 meses ultrapassou a meta informal do Fed, de 2%. A alta do preço do petróleo fez com que o CPI, a inflação ao consumidor americano, ficasse por três meses acima de 0,5%. Esse aumento já está tirando renda das famílias porque lá o repasse ao preço na bomba é automático. O Bank of America reviu para baixo a projeção de crescimento do PIB do primeiro trimestre pelo aumento do preço do petróleo. As famílias gastam mais para abastecer os carros, deixando de consumir outros bens.

O mercado imobiliário continua deprimido, sob qualquer ponto de vista: venda de casas novas; de casas usadas; preço de imóveis; autorização para construções; estoque de residências. Segundo o Bank of America, o preço nacional de imóveis está 30% menor que o pico de 2006.

O déficit público americano deve bater em 11% este ano e isso quer dizer que a dívida pública, que fechou 2010 em 95,7% do PIB, ficará ainda maior. Para o economista José Francisco de Lima Gonçalves, do Banco Fator, rolar essa dívida será pesado, se o Banco Central tiver que subir juros.

— Uma coisa é rolar US$ 14 trilhões com juros zero. Outra coisa é rolar esse estoque de dívida com juros de 1%. É um gasto considerável até mesmo para o governo americano, principalmente em um contexto de recuperação — afirmou.

Há boas notícias das bolsas. O índice Dow Jones registra alta de 89% em pouco mais de dois anos. Ou seja, quase dobrou. Segundo Monica de Bolle, essa melhora reflete a forte recuperação das empresas, mas também é fruto da alta liquidez mundial. De Bolle acredita que o setor financeiro é um ponto positivo, porque voltou a ter lucros fortes, após a crise sistêmica de 2008:

— As empresas estão muito bem. O setor bancário também dá sinais consideráveis de melhora, com lucros que começaram a partir do suporte do governo. A rentabilidade dos bancos aumentou muito e os dados de crédito estão muito bons. As exportações também cresceram por causa do dólar mais fraco.

Como as famílias sempre pouparam bastante no mercado de ações, a alta da bolsa recuperou patrimônio que parecia perdido, elevando a sensação de segurança que pode afetar positivamente o consumo.

Mas conversar com vários economistas é ver ângulos diferentes da maior economia do planeta. O economista André Sacconato, diretor de pesquisas da Brasil Investimentos & Negócios, explica que os sinais ainda são contraditórios e por isso as projeções de crescimento estão oscilando entre 2,7% a 4% este ano.

— Há muita disparidade entre as análises dos economistas. A economia americana vai ter que se recuperar sem o mercado imobiliário e também, em algum momento, sem os incentivos do governo porque o déficit já está muito alto — afirmou.

O crescimento da economia dos Estados Unidos interessa a todos. O baque desta vez foi mais forte, mas há sinais de que o tradicional dinamismo da economia, a capacidade de se levantar depois da queda através da inovação, alta tecnologia, mercado de trabalho flexível estão voltando. Se o melhor cenário acontecer ao longo dos próximos 17 meses, o presidente Barack Obama tem chances de mais um mandato. Política e economia, aqui como lá, andando juntas


http://oglobo.globo.com/economia/miriam/

Professor você pode trabalhar:
- Análise de texto: leitura, interpretação e debate.
- Fazer um pararelo com a atual situação econômica do Brasil.
- Desenvolver um trabalho de pesquisa sobre a economia estadunidense.

Venezuela: apagão em Caracas

07/04/2011

Pouco depois das 15h30, a luz se foi em meu apartamento em Caracas. No meu edifício, no bairro? Ato seguido, a internet caiu e também os difundidíssimos sistemas de mensagem instantânea para BlackBerry. Poucos minutos depois, ficou claro que Caracas e boa parte da Venezuela estava sem luz, num mega-apagão que trouxe de volta de vez o fantasma da crise energética no país de Hugo Chávez.

Desde o fim de 2009, a Venezuela começou a enfrentar uma severa crise energética. A maior seca em 40 anos afetou a hidrelétrica de Guri, responsável por 70% do abastecimento o país.

Ficaram expostas a falta de investimento (especialmente nas linhas de transmissão) e a falta de manutenção.

Em 2010, pleno ano eleitoral, o governo Chávez teve de declarar emergência energética. Caracas, porém, foi poupada: ficou fora do racionamento de energia. O resto do país, no entanto, enfrentou apagões nem sempre programados.

Na Copa do Mundo, Chávez decretou o fim da crise _e do racionamento. Mas os apagões esporádicos não cessaram e, no fim de março, voltaram a castigar o interior.

Na semana passada, oito Estados ficaram sem luz. Economistas e analistas passaram então a ser mais insistentes: com a saída do país da recessão que se arrastou por quase dois anos, a demanda de energia voltou a crescer e logo logo se veriam as falhas do sistema elétrico de novo. O governo culpava o calor de abril, pela alta de até 6% no consumo de energia, mas negava que, mais uma vez, o país estivesse em crise energética.
O apagão de ontem foi causado, segundo o ministro de Energia Alí Rodríguez Araque, por uma falha numa das maiores e mais importantes linhas de transmissão do país. O causador: “incêndio no bosque”.
No fim da tarde de ontem, hora do rush na já caótica Caracas, a TV estatal martelava que o metrô, que leva 2 milhões de pessoas por dia, já tinha normalizado os serviços. Mas muitos, temendo ficar presos nos túneis em caso de novas falhas, preferiam seguir a pé. Ruas da zona leste da cidade ficaram cheias.

Acende sua consciência, apaga a luz”, pediu, na TV, o abatido ministro da Energia.

Escrito por Flávia Marreiro �s 20h50

http://pelomundo.folha.blog.uol.com.br/arch2011-04-03_2011-04-09.html#2011_04-07_21_50_45-147962458-0