sábado, 28 de janeiro de 2012

Fórum social em Porto Alegre (RS) prioriza temas ambientais

25/01/2012
DA AGÊNCIA BRASIL

O primeiro dia de debates promovidos pelo Fórum Social Mundial, em Porto Alegre (RS), deverá priorizar discussões sobre a Rio+20 --a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável que acontece em junho no Rio.

Outro destaque é a mesa "Construindo Cidades Sustentáveis" com a participação de nomes como Boaventura de Souza Santos, Frei Betto, Jorge Abrahão, Leonardo Boff, Marina Silva e Oded Grajew.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também cumpre agenda nesta quarta-feira na capital gaúcha.

Além da Rio+20, ela deve tratar, durante o fórum, de temas que incluem o novo Código Florestal e cidades sustentáveis.

Na quinta-feira, está prevista a participação da presidente Dilma Rousseff no evento, que acontece paralelamente ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1039306-forum-social-em-porto-alegre-rs-prioriza-temas-ambientais.shtml

Em Davos, líderes globais reforçam pedidos por ação na Europa

28/01/2012
DA EFE, EM DAVOS (SUÍÇA)

Líderes políticos e econômicos reunidos em Davos pedem aos países da zona do euro que solucionem seus problemas antes de comprometerem-se em dar mais dinheiro ao resgate de nações com dificuldades de financiamento.

Na reta final do Fórum Econômico Mundial, que chega ao fim neste domingo, ficou claro que a zona do euro é a grande preocupação das demais economias do mundo -- como os EUA, o Japão e as emergentes --, que consideram que a Europa ainda não fez o suficiente para solucionar seus problemas.

O restante do mundo olha com preocupação para a zona do euro pelos efeitos que a crise do endividamento possa ter nas outras economias.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, chamou a atenção neste sábado que "nenhum país está imune na situação atual" e que o momento é de atuar.

Lagarde instou aos países-membros da entidade financeira multilateral a "demonstrar apoio" e contribuir para uma solução, incluindo ampliação da contribuição econômica à crise de dívida que aflige a zona do euro.

"Estou aqui, como minha pequena bolsa, para arrecadar algum dinheiro", disse Lagarde em sua participação no debate sobre as perspectivas econômicas globais para 2012.

Até agora os EUA e o Reino Unido se mostraram reticentes em ampliar os recursos do FMI, para os quais a zona do euro já forneceu mais de 150 bilhões de euros.

REINO UNIDO

Neste sábado, o ministro de Economia britânico, George Osborne, declarou em Davos que a zona do euro "deve mostrar a cor de seu dinheiro" antes que o Reino Unido se comprometa depositando mais recursos.

Osborne demonstrou disposição do Reino Unido em contribuir mais para o resgate global para a zona do euro através do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas garantiu que não colocará à disposição o dinheiro dos contribuintes britânicos até que os países da moeda única façam mais para solucionar seus problemas.

Diante disso, ele insistiu com os dirigentes da zona do euro que ampliem o fundo de resgate permanente dos países com dificuldades de financiamento.

O FMI destacou que a zona do euro deve enfrentar o crescimento e a geração de emprego, além de consolidar sua situação fiscal e garantir a liquidez.

O ministro de Economia japonês, Motohisa Furukawa, afirmou a disposição do Japão -- que já comprou 16% dos bônus do fundo de resgate temporário -- de apoiar as ações europeias e advertiu sobre os efeitos negativos que a crise de endividamento soberano da zona do euro tem na Ásia.

Neste sábado, o presidente do Banco Mundial, Robert Zöllick, declarou em Davos que as medidas adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) servem para ganhar tempo, mas que "é preciso atuar".

Zöllick considerou que é importante que os Governos da zona do euro façam reformas estruturais.

No entanto, os EUA e o Japão têm déficits fiscais e endividamentos superiores aos da zona do euro por isso que terão de ajustá-los no médio prazo, ressaltou Lagarde.

O chefe executivo de Hong Kong, Donald Tsang, arrancou aplausos dos participantes do debate quando exigiu dos países europeus atuarem com determinação e sugeriu seguirem os passos da Ásia após a crise financeira asiática de 1998. Nesse episódio os bancos foram recuperados para evitar a falta de pagamento.

Osborne insistiu que a resolução da situação da Grécia é fundamental para a zona do euro.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1040825-em-davos-lideres-globais-reforcam-pedidos-por-acao-na-europa.shtml

Bens de vítimas de queda de prédios são desviados no Rio

DENISE MENCHEN
DO RIO
JUCA VARELLA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
28/01/2012

A falta de controle sobre os escombros retirados do local do desabamento dos três prédios no centro do Rio fez com que a zona portuária virasse ponto de garimpo, informa reportagem de Denise Menchen eJuca Varela publicada na edição deste sábado da Folha. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha)

O lugar funciona como entreposto do entulho, que depois segue para um terreno na Baixada Fluminense. A Folha flagrou operários revirando bolsas, álbuns de fotos, peças de metal, cabos elétricos e telefônicos.

Eles usavam uniformes da Secretaria estadual de Obras e de empreiteiras que trabalham na região. A prefeitura, responsável pelo entulho, vai investigar o caso. O Estado diz que a roupa pode ter sido usada indevidamente.

Leia mais na edição da Folha deste sábado.

SUSPEITAS

O número de mortos no desabamento chega a 17. Ainda há ao menos cinco desaparecidos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (26) que os indícios apontam que é improvável que o desabamento dos três prédios tenha sido causado por uma explosão. A principal hipótese aponta para um problema na estrutura de um dos prédios.

O ajudante de obras Alexandre Fonseca, 31, que sobreviveu ao desabamento ao se abrigar dentro do elevador, afirmou, porém, que não mexeu em pilares, vigas e lajes, que poderiam comprometer a estrutura do local.

Segundo o Crea, não havia qualquer registro da obra que estava sendo realizada em dois andares do edifício Liberdade. A prefeitura afirma que os imóveis estavam em situaçãoregular.

Sérgio Alves, sócio-diretor da empresa TO - Tecnologia Organizacional, afirmou em entrevista nesta sexta-feira que as obras realizadas no 3º e 9º andar do edifício Liberdade, que desabou quarta-feira (25), não tinha irregularidades.

De acordo com Alves, as intervenções retiraram apenas paredes de tijolos, o que, segundo ele, não altera a estrutura do prédio.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1040679-bens-de-vitimas-de-queda-de-predios-sao-desviados-no-rio.shtml


28/01/2012 - 20h20
Operários que garimparam bens no Rio são identificados e serão demitidos

DO RIO


A Prefeitura do Rio informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que já foram identificados e serão demitidos quatro funcionários que aparecem em fotos publicadas na Folha, neste sábado, manuseando bens encontrados no depósito para onde foram levados escombros dos prédios que desabaram.


A Polícia Civil já foi comunicada, e na segunda, deverá receber por parte da prefeitura oficialmente as fotos que mostram os operários desviando bens no lixo do desabamento.

Os funcionários trabalhavam para o consórcio Porto Novo e para a empresa Brasfond, que não exercem nenhuma função na remoção de entulhos, mas realizavam obras na região para onde foram levados os escombros, na zona portuária da cidade.

A Folha flagrou operários revirando bolsas, álbuns de fotos, peças de metal, cabos elétricos e telefônicos.

Eles usavam uniformes da Secretaria do Estado de Obras e de empreiteiras que trabalham na região.

O comandante do Corpo de Bombeiros do Rio e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, classificou como lamentável o possível desvio de bens.

Simões disse, entretanto, não acreditar que o desvio esteja de fato acontecendo.

"Eu acho que se realmente aconteceu nos dá uma tristeza muito grande, porque cada um de nós convive com esse cenário de intenso sofrimento. O contato com os familiares que estão lá aguardando nossa resposta é uma das cenas mais tristes. Então diante deste cenário, se alguém está pegando isso ou aquilo é realmente para se lamentar, mas eu não creio que isso seja fato", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1040871-operarios-que-garimparam-bens-no-rio-sao-identificados-e-serao-demitidos.shtml


Asteroide do tamanho de ônibus passou perto da Terra nesta sexta

Objeto espacial denominado 2012 BX34 esteve a 60 mil quilômetros do nosso planeta, um quinto da distância para a Lua

28 de janeiro de 2012
Efe

Um asteroide do tamanho de um ônibus passou de raspão pela Terra na noite desta sexta-feira, 27, informou o serviço de acompanhamento de asteroides da Agência Espacial Americana (Nasa).

Segundo calcularam os astrônomos da Nasa, o objeto viaja a 9,9 quilômetros por segundo - JPL-Caltech/Nasa

JPL-Caltech/Nasa

Segundo calcularam os astrônomos da Nasa, o objeto viaja a 9,9 quilômetros por segundo

O asteroide 2012 BX34 esteve a 60 mil quilômetros do planeta, um quinto da distância para a Lua, mas não apresentou risco de colisão, afirmaram os especialistas por meio do Twitter. Ainda assim, foi um dos objetos espaciais a chegar mais próximo da Terra.

"Não conseguiria passar intacto por nossa atmosfera", explicaram os cientistas do Observatório de Asteroides da Nasa.

Segundo calcularam os astrônomos, o asteroide mede cerca de 11 metros de diâmetro e viaja a 9,9 quilômetros por segundo, mas ainda assim foi catalogado dentro da categoria de "objetos pequenos".

"Asteroides tão pequenos como este são difíceis de detectar e felizmente não causam a menor preocupação. Nosso objetivo é encontrar os maiores", acrescentaram.

A Nasa detecta e rastreia habitualmente os asteroides e cometas que passam perto da Terra usando telescópios terrestres e espaciais por meio do programa "Spaceguard", para averiguar se algum deles poderia ser potencialmente perigoso para o planeta.

Em 2009, lançou o satélite explorador infravermelho (Wise, na sigla em inglês) com a missão de detectar a presença de objetos próximos à Terra, que permitiu elaborar um completo mapa de asteroides.

Segundo dados publicados pela Nasa em setembro do ano passado, há 19 mil e 500 asteroides de tamanho médio vagando perto da Terra.

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,asteroide-do-tamanho-de-onibus-passou-perto-da-terra-nesta-sexta,828417,0.htm

Irã pode proibir exportação de petróleo para europeus semana que vem

Medida é resposta a sanções impostas pela União Europeia devido ao programa nuclear iraniano

27 de janeiro de 2012
Reuters

TEERÃ - Uma lei que será debatida no Parlamento do Irã neste domingo prevê a interrupção das exportações de petróleo para a União Europeia a partir da semana que vem, disse o deputado Hossein Ibrahimi, segundo informou nesta sexta-feira, 27, a agência iraniana de notícias Fars.

"No domingo, o Parlamento terá de aprovar uma lei 'duplamente emergencial' pedindo a suspensão das exportações iranianas de petróleo, começando na semana que vem", afirmou Ibrahimi, que é vice-presidente do comitê parlamentar de Política Externa e Segurança Nacional, de acordo com a Fars.

A medida iraniana é uma resposta às sanções ao petróleo do país impostas pela União Europeia no início da semana. Os europeus tomaram tal decisão devido às suspeitas em torno do programa nuclear de Teerã, que acreditam ter fins nucleares, embora o Irã afirme que enriquece urânio apenas para fins civis.

Sanções ao petróleo do Irã afetarão empresas européias

28 de janeiro de 2012
HOSSEIN JASEB - REUTERS

Empresas européias que tem petróleo a receber do Irã podem perdê-lo se Teerã impor um embargo às exportações do produto para a União Europeia na próxima semana, disse o chefe da empresa estatal de petróleo do Irã neste sábado.

O Parlamento do Irã deve debater uma lei no domingo que cortaria o fornecimento de petróleo para a UE em questão de dias, em retaliação a uma decisão na segunda-feira passada, tomada pelos 27 países-membros da UE, de parar de importar o petróleo bruto do Irã até 1 de julho.

"Geralmente, as partes sujeitas a prejuízos com a recente decisão da UE serão as empresas europeias com contratos pendentes com o Irã", disse Ahmad Qalebani, chefe da National Iranian Oil Co. à agência de notícias ISNA.

"As empresas europeias terão que respeitar as disposições dos contratos de compra", disse ele. "Se não o fizerem, serão as partes que vão arcar com as perdas relevantes e ficarão sujeitas à repatriação de seu capital".

Ao virar as sanções contra a UE, parlamentares iranianos esperam negar à Europa o prazo de seis meses que o bloco planejava dar aos países mais dependentes do petróleo iraniano -inclusive alguns com as economias mais fragilizadas- para terem tempo de se adaptar.

A UE proibiu as importações de petróleo do Irã na segunda-feira, e impôs várias outras sanções econômicas, juntando-se aos Estados Unidos em uma nova rodada de medidas que visam desviar o programa de desenvolvimento nuclear de Teerã.

Segundo os contratos de recompra, característica comum da indústria de petróleo iraniana, os investimentos em projetos em campos de petróleo são pagos de volta no produto, geralmente durante vários anos.

A italiana Eni diz que tem a receber entre 1,4 e 1,5 bilhão de dólares em petróleo por contratos no Irã datando de 2000 e 2001, e recebeu a garantia de autoridades europeias que os seus contratos de recompra não farão parte do embargo europeu, mas a possibilidade de o Irã agir primeiro pode colocar isso em dúvida.

A UE respondeu por 25 por cento das vendas do petróleo bruto iraniano no terceiro trimestre de 2011.

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,sancoes-ao-petroleo-do-ira-afetarao-empresas-europeias,828483,0.htm

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ira-pode-proibir-exportacao-de-petroleo-para-europeus-semana-que-vem,827918,0.htm

Palestinos rejeitam proposta de fronteiras apresentada por Israel

Israelenses deixaram de lado acordos anteriores e leis internacionais, segundo negociadores
27 de janeiro de 2012

Reuters
RAMALLAH - Israel apresentou aos palestinos suas ideias para as fronteiras e os arranjos de segurança de um futuro Estado palestino, em uma tentativa de manter vivas as conversas exploratórias, disseram fontes israelenses e palestinas nesta sexta-feira, 27.
Baz Ratner/Reuters

Mas autoridades palestinas disseram que a apresentação verbal do negociador israelense Yitzhak Molcho na reunião de quarta-feira foi um balde de água fria, pois prevê um território cercado de cantões que preservaria a maioria dos assentamentos judaicos. "Ele matou a solução de dois Estados, pôs a escanteio acordos anteriores e a lei internacional", afirmou uma fonte da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). "Basicamente, a ideia israelense de um Estado palestino é feita de muros e assentamentos".

Foi a primeira vez que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, abordou o tema das fronteiras com os palestinos. Uma autoridade israelense disse que a apresentação está em consonância com um rascunho para as conversas elaborado pelo Quarteto - Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU).

Seu objetivo é garantir que os temas centrais de fronteiras e segurança fossem claramente definidos até 26 de janeiro para relançar as negociações, empacadas desde novembro de 2010, e se chegar a um esboço de acordo de paz até o fim deste ano.

Após cinco rodadas de conversas na Jordânia, incluindo a sessão de quarta-feira, a fonte palestina disse não haver mais reuniões agendadas. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que deseja consultar os Estados da Liga Árabe sobre o próximo passo.

De acordo com a fonte palestina, a equipe de Molcho indicou que qualquer solução que crie um Estado palestino vivendo em paz ao lado de Israel precisa "preservar o tecido social e econômico de todas as comunidades, judaicas ou palestinas". A ideia apresentada por Molcho "não inclui Jerusalém e o Vale do Jordão, e inclui todos os assentamentos (judaicos)", disse a autoridade palestina. Nenhum mapa foi apresentado no encontro, acrescentou.

Os palestinos querem um Estado que inclua a Cisjordânia, o Vale do Jordão, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Uma autoridade israelense disse que Molcho apresentou diretrizes que determinam as posições de Israel no tocante aos territórios.

O enfoque de Israel em relação às concessões territoriais na Cisjordânia ocupada inclui o princípio de que "a maioria dos israelenses estará sob soberania israelense, e obviamente a maioria dos palestinos estará sob soberania palestinas", disse o funcionário.

Ele sublinhou que Netanyahu reconheceu, em um discurso ao Congresso dos Estados Unidos, que nem todos os assentamentos judeus "estarão do nosso lado da fronteira" de um futuro Estado palestino.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Por R$ 3.000, teste de DNA avalia risco de câncer de mama

19/01/2012
MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO

Um teste para saber se mulheres com idade entre 30 e 69 anos, mesmo sem histórico familiar de câncer, têm risco baixo, moderado ou alto de desenvolver tumores de mama será lançado no fim deste mês no Brasil.

O exame, que já é vendido nos EUA e foi desenvolvido pela empresa americana Intergenetics Incorporated, não será encontrado em farmácias ou hospitais. Só poderá ser solicitado por uma rede de médicos credenciados no site da empresa.

O preço estimado do OncoVue é de R$ 3.000. A análise do DNA é feita a partir de uma amostra de saliva, enviada para um laboratório nos EUA.

Editoria de arte/Folhapress

Já há testes similares para predizer o risco de a mulher ter câncer de mama, mas são indicados para aquelas com suspeita de síndrome hereditária da doença.

Nesses casos, o câncer ocorre em parentes próximas, como mãe e filha ou irmãs. Um exame de sangue identifica mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, responsáveis pela síndrome.

"Cerca de 90% dos casos de câncer de mama não estão ligados a essas mutações. O teste é para essa maioria que não sabe se tem o risco da doença", afirma Paulo Cruz, mastologista e consultor técnico da OncoVue.

A novidade, diz ele, é que o teste analisa 19 genes ligados à doença e 22 variações específicas no DNA, os SNPs (pronuncia-se "snip").

Segundo o médico, quem tiver o risco moderado ou alto de desenvolver a doença poderá receber acompanhamento específico e adotar medidas preventivas, como não fazer reposição hormonal.

"É uma grande sacada. Essas mulheres com maior risco poderão fazer exames mais detalhados", afirma.

POLÊMICA

O teste não é uma garantia de que a mulher com maior risco terá câncer. Questionado sobre se o teste poderá causar preocupação excessiva nas pacientes, Cruz nega. "Quem tiver risco elevado poderá se cuidar mais."

Esse tipo de teste, comum nos EUA, é polêmico por causa das implicações éticas e do impacto que o resultado pode causar nos pacientes.

"Já estamos observando que esses testes resultam em muitas informações com pouco conhecimento e geram mais angústias do que ajudam. A pessoa tem a mutação da doença e passa a vida toda sem desenvolvê-la. Para que saber?", questiona a geneticista Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano.

Paulo Campana, diretor médico do laboratório CDB também faz ressalvas. "É complicado, porque pode gerar mais neuroses do que vantagens", afirma.

Na semana passada, a empresa americana Life Technologies Corp. anunciou o lançamento da máquina Ion Torrent, que decodifica o DNA das pessoas em um dia por US$ 1.000 (R$ 1.760).

O Fleury Medicina e Saúde comprou o aparelho, que deve chegar até o fim do mês. Mas o uso será para pesquisas de doenças genéticas em parceria com instituições públicas e privadas.

"O desafio hoje é descobrir o melhor uso dessa informação e quais serão as aplicações desse conhecimento", diz Edgar Rizzatti, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento do Fleury.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1036508-por-r-3000-teste-de-dna-avalia-risco-de-cancer-de-mama.shtml

Cameron aprova plano de aumentar presença militar nas Malvinas

19/01/2012
DA EFE, EM LONDRES

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, aprovou um plano de contingência para ampliar a presença militar nas ilhas Malvinas por causa do aumento da tensão entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania na região, informou nesta quinta-feira o jornal britânico "The Times".

Segundo a publicação, Cameron dedicou um dia para avaliar com sua cúpula militar a retórica cada vez mais agressiva do governo argentino liderado por Cristina Kirchner.

Na quarta-feira, o premiê detalhou no Parlamento que havia convocado o Conselho Nacional de Segurança para abordar o tema e acusou a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania das ilhas, discussão que se repete desde 1833.

O Reino Unido tem planos de enviar em breve novo efetivo à região através da Ilha da Ascensão, no Oceano Atlântico, que pertence ao Reino Unido, acrescentou "The Times".

"Estamos traçando uma estratégia de contingência. Temos certeza de que a mesma está correta", disse uma fonte de Defesa ao jornal.

De acordo com o "Times" --que dedicou toda sua capa ao conflito com a chamada "Novo alerta nas Malvinas"--, o governo de Cameron considerou que as ilhas estão agora melhor protegidas do que em 1982, quando a Junta militar argentina decidiu ocupá-las em 2 de abril, uma ação que provocou uma guerra entre os países.

DISPUTA

As ilhas dispõem de quatro aviões Typhoon em Mount Pleasant, base aérea que tem um radar, e sempre há uma fragata ou um destróier patrulhando a região, informou o jornal, que acrescentou que o Ministério de Defesa britânico não revelou onde estão os submarinos nucleares.

David Cameron aprovou plano de contingência para ampliar a presença militar nas Malvinas

David Cameron aprovou plano de contingência para ampliar a presença militar nas Malvinas

Em uma surpreendente declaração parlamentar, Cameron disse ontem que convocou o Conselho Nacional de Segurança e que a Argentina não devia subestimar sua determinação em defender os habitantes das ilhas.

"O que os argentinos disseram recentemente é muito mais colonialismo, porque os moradores querem continuar sendo britânicos e os argentinos querem que eles façam outra coisa", afirmou no Parlamento.

Em resposta, o Governo argentino disse que tais afirmações eram "absolutamente ofensivas, principalmente se tratando do Reino Unido". "A história mostra claramente qual foi sua atitude frente ao mundo", declarou o ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo.

MERCOSUL

Há 11 dias, o premiê indicou que descartava uma negociação com a Argentina sobre a soberania das ilhas e sustentou que seu país deve manter a "vigilância", em clara referência à decisão de vários países latino-americanos de bloquear o acesso aos portos de navios com bandeira das Malvinas.

Em uma cúpula em dezembro em Montevidéu, os países que compõe o Mercosul concordaram em bloquear o acesso de navios com bandeira das Malvinas aos seus portos.

Em 2012, serão completados 30 anos da guerra entre os dois países pela posse das Malvinas, que terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição da Argentina. No conflito bélico morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

Em fevereiro, o príncipe William, segundo na linha de sucessão à coroa britânica, viajará às Malvinas para participar de treinamentos como piloto de helicóptero de resgate.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1036475-cameron-aprova-plano-de-aumentar-presenca-militar-nas-malvinas.shtml

Mudança climática pode tornar chocolate artigo de luxo

27/12/2011
DE SÃO PAULO

Um recente estudo, bancado pela Fundação Bill e Melinda Gates, mostra que a mudança climática global pode muito bem interferir na produção de chocolate, a ponto dessa guloseima tão acessível nos dias de hoje se tornar um artigo de luxo nas próximas décadas.

Segundo a conclusão do estudo, o aumento da temperatura em cerca de 2,3ºC, até 2050, faria a área de plantio de cacau na Costa do Marfim e em Gana cair significativamente. Os dois países africanos concentram mais da metade de produção de cacau no mundo.

A mudança climática, somada à elevação do consumo por países emergentes como a China, elevaria o preço final do chocolate. No Reino Unido, o ajuste de alguns produtos já superou os índices inflacionários.

Para contornar o problema do aquecimento global, o plantio de cacau poderia migrar para regiões mais altas, onde o clima é mais ameno. Mas, no caso dos dois países que ficam no oeste africano, essa não é uma opção tão válida assim, já que há predomínio de planícies.

A alternativa mais viável seria desenvolver pés de cacau mais resistentes para suportar um clima mais quente.

Este não é o primeiro estudo que relaciona o aquecimento global à falta de produtos em um cenário futuro. Vinho francês e massa italiana também correriam o risco de sumir das refeições.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1026762-mudanca-climatica-pode-tornar-chocolate-artigo-de-luxo.shtml

Para ambiente, 1º ano de Dilma é pior que o de Collor

01/01/2012
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Presidente da conferência Rio +20, Dilma Rousseff teve uma atuação apagada na área ambiental em seu primeiro ano de governo. Sob alguns aspectos, pior que a de Fernando Collor, em cujo governo aconteceu a Eco-92.

Dilma não criou nenhuma unidade de conservação em 2011; em 1990, seu primeiro ano de mandato, Collor criou 15.

O desmatamento em 1990 caiu 22% em relação ao ano anterior, o dobro da queda estimada para 2011 --embora Dilma esteja melhor nos números absolutos de desmate.

Diante da repercussão internacional da polêmica obra da usina hidrelétrica de Cararaô, no rio Xingu, Collor engavetou o projeto.

Dilma o ressuscitou, sob o nome de Belo Monte, concedendo-lhe a licença de instalação mesmo sem o cumprimento de todas as condicionantes impostas pelo Ibama.

Unidades de conservação e terras indígenas são indicadores importantes do desempenho ambiental de um governo, pois elas mexem na estrutura fundiária e em interesses econômicos nas regiões onde são criadas.

Enquanto ministra da Casa Civil do governo Lula, Dilma represou a criação de novas unidades, especialmente na Amazônia, submetendo-as ao crivo do MME (Ministério de Minas e Energia).

Na Presidência, manteve o ritmo. Seu governo é o primeiro desde FHC-1 (1995-1998) a não criar áreas protegidas no primeiro ano de mandato.

Um refúgio da vida selvagem no Médio Tocantins, por exemplo, está com sua proposta de criação parada no MME, que tem interesse em construir na região a hidrelétrica de Ipueiras --um projeto que o Ibama já havia considerado inviável do ponto de vista ambiental.

O governo também cortou 30% do orçamento do Instituto Chico Mendes, órgão gestor das unidades.

SEM CLIMA

O primeiro ano de Dilma passou sem avanços na agenda de mudança climática.

Conforme a Folha mostrou, o governo não fez quase nada para implementar em 2011 a meta brasileira de cortar até 39% das emissões de gás carbônico em 2020 em relação à tendência de crescimento atual dos gases.

"O pacote de mudança climática ela recebeu pronto do governo Lula. Não avançou nem regrediu", disse Nilo Dávila, do Greenpeace. "Em outras coisas, ela deu continuidade para o mal."

Ele se refere ao maior retrocesso legislativo na área ambiental: a Lei Complementar 140, que reduz o poder de fiscalização do Ibama.

Pelo texto aprovado no Senado em outubro, a competência de multar crimes ambientais é do ente federativo (União, Estado ou município) que licencia. Como desmatamentos são sempre licenciados pelos Estados, autuações feitas pelo Ibama poderão ser anuladas pelas secretarias de Meio Ambiente estaduais.

Em 2009, durante a cúpula do clima de Copenhague, quando o enfraquecimento do Ibama foi inserido no projeto durante sua votação na Câmara, o presidente Lula se comprometeu a vetá-lo.

Dilma concordou com a promessa. Mas, no dia 8 deste mês, durante outra cúpula do clima, em Durban, a presidente sancionou o texto.

Questionado pela Folha, o Planalto deferiu a resposta ao Ministério do Meio Ambiente. Este disse que, "na prática, o Ibama continua atuando normalmente".

Sobre a falta de criação de unidades de conservação, o ministério afirmou que está revendo a Estratégia Nacional de Conservação da Biodiversidade, com a definição de critérios para a proposição de novas áreas protegidas.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1028604-para-ambiente-1-ano-de-dilma-e-pior-que-o-de-collor.shtml

Amazônia está emitindo cada vez mais gás-estufa

19/01/2012
RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

A Amazônia é importante para absorver gás carbônico e ajudar a combater o aquecimento global? O estudo mais recente sobre essa questão, que atormenta cientistas há décadas, aponta que ainda há dúvidas sobre se a região é mesmo um "sorvedouro" de carbono. Mas o trabalho conclui que o desmatamento e o aquecimento global estão gradualmente levando a região a se tornar mais uma fonte dos gases de efeito estufa do que um ralo para absorvê-los.

"Não sabemos de onde partimos, mas sabemos para onde estamos indo", disse à Folha Eric Davidson, cientista do Centro de Pesquisas de Woods Hole (EUA), que coordenou o trabalho.

"A mudança talvez seja de um sorvedouro de carbono forte para um sorvedouro fraco ou de uma fonte pequena de carbono para uma um pouco maior, talvez até cruzando essa barreira. Ainda não temos como estimar o fluxo líquido de carbono para toda a bacia Amazônica."

Editoria de arte/Folhapress


O estudo liderado por Davidson, publicado da edição da revista "Nature" nesta quinta-feira, foi um balanço dos quase 20 anos de pesquisas do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia), o maior projeto de pesquisa em ecologia e geociências da região.

Mesmo sem uma resposta detalhada sobre essa questão estratégica, cientistas comemoram o fato de que os dados da iniciativa têm ajudado nas políticas de preservação da floresta.

"O LBA mostrou que em um período de forte estresse climático, como as secas de 2005 e 2010, a floresta se torna uma pequena fonte de carbono", diz Paulo Artaxo, geofísico da USP, também autor do estudo.

"Isso é importante porque a Amazônia tem em sua biomassa um reservatório de carbono equivalente a quase dez anos da queima mundial de combustíveis fósseis. Qualquer alteração nesse regime é significativa do ponto de vista da mudança climática."

Uma das conclusões que o LBA permitiu tirar é que, apesar de a Amazônia ser robusta o suficiente para suportar fatores individuais de estresse --secas, desmatamento e queimadas, entre outros--, a floresta pode não suportar todos ao mesmo tempo.

"Há sinais de uma transição para um regime dominado por perturbações", dizem Artaxo, Davidson e outros autores do trabalho.

MONITORAMENTO

Segundo o pesquisador brasileiro, um dos problemas em responder a questões complexas sobre o comportamento da floresta diante da mudança climática é que, apesar de ser o maior projeto de pesquisa na região, o LBA não é grande o suficiente.

"Temos 13 torres de fluxo [instrumentos para estudos atmosféricos] hoje em 5,5 milhões de km2. Seria um engano achar que 13 pontos de medida seriam capazes de representar uma área continental do tamanho da Amazônia", diz Artaxo.

"O país precisa ampliar esse sistema para monitorar não só a Amazônia, mas também outros biomas, como o cerrado e o Pantanal."

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1036501-amazonia-esta-emitindo-cada-vez-mais-gas-estufa.shtml

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O novo desenho da União Europeia

Quinta-feira, 15 de Dezembro 2011

Países decidem criar regras mais rígidas para evitar colapso do euro
Por Estadão.com.br e O Estado de S. Paulo

Professor visite os site do Estadão, está muito bem explicado os últimos acontecimentos na UE.

Acordo de Bruxelas
Mapa econômico
Histórico

http://economia.estadao.com.br/especiais/o-novo-desenho-da-uniao-europeia,155225.htm


Os 10 anos do euro

Moeda começou a circular em 1º de janeiro de 2002; conheça a história da divisa, curiosidades e dados econômicos dos países nesse período

Por Hugo Passarelli A Arte: Cyntia Ueda

http://economia.estadao.com.br/especiais/os-10-anos-do-euro,156261.htm


Terça-feira, 12 de Julho 2011

Crise na Europa se agrava e população sofre as consequências

Desemprego, altos impostos, preços elevados e medidas de austeridade mexem com a vida dos europeus e dos brasileiros que moram na região
Por E&N

http://economia.estadao.com.br/especiais/crise-na-europa-se-agrava-e-populacao-sofre-as-consequencias,142527.htm